Wyrd – Death of the Sun

Dead228_Wyrd_Death_CDFormada por Narqath e JL Nokturnal ambos do Azaghal, originalmente sob o nome de Hellkult, o projeto se estabeleceu com o nome Wyrd. A banda faz um pagan black metal que adentra pelo folk e pelo doom metal, especialidade dos finlandeses.

Após 7 anos nas sombras, a banda trouxe meio que de surpresa o álbum Death of the Sun, bem diferente dos outros álbuns que Narqath fez praticamente sozinho.

Esse artefato traz em sua conjuntura 4 novos membros, o que certamente influenciou na sonoridade e na produção como um todo.

O álbum se inicia com a faixa homônimo “Death Of The Sun” e  apresentam guitarras bem harmonizadas, vocais impressionantes que causam uma boa impressão, do meio ao fim são apresentados  dedilhados na guitarra acústica e  finalizando a canção de forma perfeita para adentrar em “Man of Silent Waters”, que mergulha em sussurros e cantos limpos, guitarras mais frias, com poucas elevações de velocidade.

“The Sleepless and the Dead” nos leva em uma deformação do tempo e do ritmo, para uma for influência do Iron Maiden, fiquei surpreso com a semelhança. Principalmente dos vocais limpos e dos riffs empregados. O que também acontece na faixa “Inside”.

As canções seguintes retomam uma pegada mais melancólica e sombria, com múrmuros e mais dedilhados, ao som bem arrastado de “Pale Departure” e a elevação da velocidade em “The Pale Hours” é bem agradável e mais uma vez mostra o potência dessa composição bem diferenciada da banda.

A faixa de encerramento “Rust Feathers” tem riffs pesados e é impressionante a harmonia com a bateria, gostei muito da forma com que usaram os vocais limpos introduzidos no meio para o fim da canção.

É como experimentar vários sons da banda, em várias épocas, em pouco mais de 50 minutos, oferecendo algo para todos de certa forma, acredito que essa característica tenha sido não só pela nova composição da banda, mas um experimento para o renascimento mais atual dela. E se você não conhece Wyrd, esse é um ótimo álbum para se começar.

Wyrd – Death of the Sun (Moribund Records)
1. Death of the Sun
2. Man of Silent Waters
3. The Sleepless and the Dead
4. Pale Departure
5. The Pale Hours
6. Inside
7. Cursed Be the Men
8. Where Spirits Walk the Earth
9. Rust Feathers

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Resenha por: Vortane

Clouds Taste Satanic – Your Doom has Come

a0359068282_10Recebi este material faz algum tempo, mas apenas agora que estou conseguindo descrevê-lo. O que temos aqui é um Doom Metal instrumental e com algum flerte com o Stoner que desenrola em seus pouco mais de 40 minutos.

Esta banda está na ativa desde 2013 e este material é o segundo full-lenght deles.

Temos 6 temas de absoluto bom gosto e linhas de guitarras bem viajantes, onde podemos destacar os músicos Steven e David, responsáveis pelas seis cordas. Onde variam entre bases sólidas e linhas melódicas com a cozinha impecável do baixista Sean e do batera Christy.

O disco abre com “Ten Kings” e não tem como não se empolgar com essa faixa, uma das melhores do disco.

A seguinte é a pesada “One Third of the Sun” onde a banda mostra o seu lado mais ríspido e com um convite ao headbanging, principalmente na reta final da música. “Beast of from the Sea” também segue na mesma linha e mostra a agressividade logo de cara em seu riff de abertura e depois desenrola numa vibe mais amena ou até mesmo mais melódica.

Chegando na metade do álbum, agora que o bicho pega, pois podemos analisar de duas formas.

A primeira, levando em conta apenas a análise de crítico, as 3 faixas restantes seguem de forma incólume, trazendo aos ouvidos excelentes linhas melódicas e a satisfação de ter ouvido um excelente trabalho.

A segunda forma é a do ouvinte, principalmente aquele fã de música que gosta de consumir música e pegar o encarte para ler as letras, cantar junto, o que já não ocorre aqui. Aí você acaba viajando e se desligando do que está ouvindo, o que acaba por matar as 3 últimas faixas. Ou tu tens a opção de colocar o play para rolar e ler um livro (recomendável), pois certamente este material é uma trilha sonora perfeita para a história que esteja lendo. Ou então colocar o play pra rolar e ir lavar louça, fazer comida, limpar a casa ou então colocar como trilha sonora no seu trabalho.

Em suma, este play do Clouds Taste Satanic é bom, empolgante e lhe renderá muitas audições e diversão.

Clouds Taste Satanic – Your Doom has Come (Kinda Like Music)
1. Ten Kings
2. One Third of the Sun
3. Beast from the Sea
4. Out of the Abyss
5. Dark Army
6. Sudden…Fallen

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Resenha por: Rodrigo Bueno

#Premiere – High Fighter – Blinders

Os stoners/sludgers alemães da banda Hight Fighter puseram a mão na massa e produziram seu próprio vídeo para a faixa “Blinders”, que estará em seu vindouro álbum ‘Scars & Crosses’  que será lançado dia 10/06 via Svart Records.

Como hoje em dia a atitude DIY (do it yourself) está muito em voga e os programas de edição de vídeo, estão mais acessíveis do que alguns anos atrás, basta apenas uma ideia na cabeça, um tempinho para edição de imagens, algum amigo para participar, no caso aqui foi um gordinho que deve ter perdido alguns quilos na caminhada. Brincadeiras à parte, fica aqui o registro desta banda que vem mostrando muita atitude e presença no cenário underground europeu.

Algoma/Chronobot – Split LP

AlgomA - Split w-Chronobot - coverSplit liberado este ano pelo selo Dead Beat Media e traz duas bandas canadenses, uma delas já resenhada aqui no blog Funeral Wedding que é a Algoma e a outra acabei por rolar uma música no FuneralCast que é a Chronobot.

As duas faixas do Algoma são calcadas no Sludge Metal e praticamente não sobra algum resquícios do Doom Metal que esteve presente em algumas passagens de seu trabalho anterior. Destaque principal para a segunda faixa “Electric Fence”.

No lado B deste material temos a Chronobot que nos apresenta um Space Doom/Stoner Metal muito viajado e repleto de efeitos psicodélicos. A faixa de abertura “Red Nails” foi qual eu toquei no FuneralCast #01, então quem estiver curioso sobre o som, corre lá pra ouvir. A seguinte “Jerry Can” é a mais curta das 3 faixas que eles executam e também é a mais viajada, o baixo distorcido aliado os efeitos te fazem ir pra bem longe. E para fechar temos “Sons of Sabbath” que é a mais animada do material, mas também achei a mais fraca das 3 músicas executadas por eles.

Fica aqui o registro deste material nervoso e que vale sua audição.

Algoma/Chronobot – Split LP (Dead Beat Media)

Lado A
1. Algoma – Phthisis
2. Algoma – Electric Fence

Lado B
3. Chronobot – Red Nails
4. Chronobot – Jerry Can
5. Chronobot – Sons of Sabbath

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Resenha por: Rodrigo Bueno

Morito Ergo Sum – A Mournful Foreboding

front_webA Mournful Foreboding traz o alto potencial  dos suecos do Morito Ergo Sum, já há um bom tempo não escutava algo tão intenso. É impossível não comparar aos melhores álbuns do My Dying Bride, em especial  o Like a Gods Of The Sun.

O violonista e vocalista Sebastian Rosengren, trouxe mudanças valiosas, em um ótimo momento para banda, que está bem mais madura desde o álbum Moonchild de 2011.

Sebastian incorporou passagens de violino muito bem elaborada e na dose perfeita, harmonizando com as composições, que são verdadeiras poesias.

“Silence, My Belevod Friend” inicia deixando bem evidente a natureza pessoal do álbum, explorando uma das batalhas de vida do guitarrista Paolo Cito, que sofre de tinnitus.

A primeira parte do álbum desperta melancolias profundas e chama muita atenção os acordes e solos empregados separando perfeitamente o tempo de cada faixa, eu definiria como a parte de sobriedade que navega da angustias à melancolia.

Já na segunda parte do disco, as faixas são mais carregadas e pesadas e o que se pode perceber é uma aproximação a dor e as aflições, costurados a agonia e a raiva, riffs mais densos e menos espaçados, causam essa sensação.

A canção que mais me prendeu, foi  “Crows Of Hate”, eu posso definir como a alma do disco, muito bem construída, distorções lentas e carregadas, o violino traz a atmosfera para outra dimensão, é fantástico.

“I Won’t be Around (Tomorrow)” e “Rain” são as faixas acústicas do álbum, são encantadoras, uma boa maneira de quebrar um pouco o padrão.

É uma obra que conversa intimamente com  seus ouvintes e que deve agradar mesmo os mais exigentes doomers.

Morito Ergo Sum – A Mournful Foreboding (independente)
1. Silence, My Beloved Friend
2. Falling Low
3. I Won’t Be Around (Tomorrow)
4. Crows of Hate
5. My Shameless Pain
6. Rain
7. Gone (MMXV)
8. I Die, Therefore I Am (MMXV)

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Resenha por: Vortane

FuneralCast #07

FuneralCast #07 – Tracklist
1. High Fighter – Gods
2. Stoned Jesus – Wound
3. The Drowning – House of the Tragic Poet
4. Obsidian Sea – Somnambulism
5. Candlemass – Death Thy Lover
6. Löbo – Carne e Sombra
7. The Order of Israfel – Red Robes
8. Cianide – The Dying Truth ’96
9. Cassandra – Primália Sentença

Trilha sonora: Erudite Stoner
Álbum: Erudite Stoner

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Obsidian Sea – Dreams, Illusions, Obsessions

obsidian sea cover.jpgDreams, Illusions, Obsessions vem longe dos extremos. A banda traz um Doom com fortes influências setentista tradicionais, principalmente Black Sabbath.

A composição do álbum é singular e muitas vezes causa a sensação de estamos ouvindo uma trilha sonora de filmes mórbidos dos anos 70/80.

Particularmente, Anton me impressionou em seu desempenho, seus sussurros se elevam em verdadeiros gritos de agonia de forma magistral, bases e solos de alto nível.

“The Trial of Herostratus” do início ao álbum com um riff bem acelerado, seguida de Confessions, uma queda brusca no tempo, na dose perfeita para evidenciar ainda mais o baixo e dando mais espaço para belos solos de guitarra.

As próximas faixas, “Child in the Tower” seguida de “Mulkurul” e “The Fatalist” são a santa trindade deste artefato, o desenvolvimento muito bem estruturados, a originalidade das canções e os uivos de Anton são muito marcantes, principalmente junto ao órgão que é introduzido, em Mulkurul com solo que merece destaque. Percebi certa influência psicodélica principalmente em “The Fatalist”, pra mim, a faixa com mais profundidade e que cria todo ambiente para a faixa final, “Somnambulism”, fechando em uma sequência densa e muito bem executada,  Um disco digno  dos grandes clássicos do Doom metal Old School.

Obsidian Sea – Dreams, Illusions, Obsessions (Nuclear War Now)
1. The Trial of Herostratus
2. Confession
3. Child in the Tower
4. Mulkurul
5. The Fatalist
6. Somnambulism

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Nuclear War Now

Resenha por: Vortane

FuneralCast #06

FuneralCast #06 – Tracklist
1. (EchO) – Beneath this Lake
2. Saturndust – Gravitation of A Hollow Body
3. Chalice of Suffering – Void
4. Light of the Morning Star – An Empty Hearse
5. October Tide – Nursed by the Cold
6. High Priest of Saturn – Ages Move the Earth
7. Contempty – Woe is Me
8. Spirit Adrift – Specter of Ruin

Trilha sonora: Pantáculo Místico
Álbum: Velado por Entidades

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Denial of Light – Denial of Light

dol1.pngFoi disponibilizado para audição no início do ano em sua página do soundcloud, este material contendo apenas duas faixas que serve como um aperitivo desta que é uma das promessas da nova safra do Doom Metal no Brasil.

O som é lento, carregado de uma negatividade ímpar, por vezes soa caótico e em outras passagens, um alento.

Começando com a faixa que dá nome a banda e ao material: “Denial of Light”. O timbre de guitarra é muito semelhante ao que o Paradise Lost usou no álbum Gothic, principalmente nos “leads” que acompanham da música. É notória a influência que o grupo inglês tem neste quarteto paulistano, mas não pense que soa copiado ou algo do gênero. Destaque principalmente para as mudanças de andamento.

A segunda e última faixa intitulada “Borderline”, esta foi, acredito eu, a primeira música deles que escutei e me agradou logo de cara, pois como já citei a influência das guitarras de Gregor Mackintosh é latente aqui.

Musicalmente ela é caótica, assim como toda pessoa que sofre desta síndrome, pois te leva da calmaria ao desespero em frações de segundos. Os gritos agonizantes de Arthur Painless lembraram os de Jonathan Thery do Ataraxie/Funeralium, pois a agonia transmitidas neles, são como se você estivesse presenciando o surto psicótico de uma pessoa.

Interessados na audição, clique no player abaixo e ouça sem moderação. Para a metade do ano, deverá sair a versão física deste artefato, fiquem ligados e adquiram.

Denial of Light – Denial of Light (independente)
1. Denial of Light
2. Borderline

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Resenha por: Rodrigo Bueno