Stone Magnum – Stone Magnum

Formada há um pouco mais de um ano atrás e trazendo em seu som uma forte influência dos mestres do doom metal como: Pentagram, Saint Vitus, Trouble e claro Black Sabbath, e apesar da banda ser relativamente nova, os caras já são velhos conhecidos do underground metálico daquelas bandas.
Aos primeiros acordes Fallen Priest já podemos notar que esses quatro norte americanos não estão para brincadeira, com um peso ideal das guitarras, o baixo sempre preparando o terreno junto com a bateria, os solos de guitarra são bem executados/inspirados e os vocais em algumas timbragens lembram os vocais do Ozzy, mas não pensem que os vocais de Dean Tavernier se limitam a isso, pois tem uma potência e por diversas vezes ouvimos o vocal com uma pegada de heavy tradicional, talvez pela influência de sua outra banda a Skullview.
Ainda nessa faixa é a que vai mais para o lado stoner da coisa, com um groove que fica impossível para um amante do metal ficar com a cabeça parada.
Pictures of Your Life também segue numa linha stoner e chega a lembrar o Cathedral da fase The Ehtereal Mirror por aqueles grooves contagiantes e uma certa dose de psicodelia.
Locksmith of Misery e Grave of Cryptic Sorrows são faixas muito boas e merecem uma ouvida com mais cautela, pois carregam uma certa melancolia em seu conteúdo e essa última ainda tem um solo de guitarra muito bom.
E apesar do disco se manter no mesmo nível do início ao fim, Savior in Black e Am I really Insane? são as que mais gostei do disco, com uma tocada soturna e os vocais fortes são como se você estivesse em uma batalha e após a matança você se lamentasse pelo o ocorrido numa mistura de cansaço e tristeza.
O disco ainda não foi lançado, mas você pode conferir o som na página deles do facebook/reverbnation.

 

Stone Magnum – Stone Magnum (R.I.P. Records)
1. Fallen Priest
2. Pictures of Your Life
3. Locksmith of Misery
4. Grave of Cryptic Sorrows
5. Rolling Storm
6. Savior in Black
7. Am I really Insane?

 

 

 

 

Contatos:
https://www.facebook.com/pages/Stone-Magnum/182549458436679?sk=info
http://www.reverbnation.com/stonemagnum

Interview: 40 Watt Sun

* Just over a month I contacted Patrick Walker, a founding member and main songwriter of the band that follows a step ahead of its predecessor Warning. In this short interview, Pat (with his British humor) responds to debut on The Inside Room, the speed of the recording (3 days and 3 nights), showed a good knowledge of Brazil, much more than Sepultura and the Brazilian national team, and a “rumor” that rolls on the Internet, see Metal-Archives, to say that he teaches acting.

* Interview originally posted in mid-May this address (available in portuguese only):
https://funeralwedding.wordpress.com/2011/05/12/entrevista-40-watt-sun/

 

 

01. His former band “Warning” has a sound very similar to the 40 Watt Sun. What is the reason that led you to quit with the Warning and start this new band, even though there will be comparisons between both?
Pat Walker: 
Well I’ve never asked people to make comparisons though it seems almost inevitable that they’re going to be made. Of course the sound is similar to an extent because I am singing, playing the guitar and writing the songs but if you look past the obvious both bands are not that alike.

 

02. For the depressive atmosphere of “The Inside Room” is almost unbelievable that you have managed to record this masterpiece in just 3 days / nights.
Pat Walker: 
I don’t see why we should have needed longer. We went in and did pretty much everything in one take. It cost me about £900.

 

03. Carry Me Home, is one of the most depressing tracks on the album, tell us how we developed the idea of it until the final conception.
Pat Walker: 
It’s not supposed to be “depressing”. I have never thought of it like that. Depression is an entirely negative word with nothing but pessimistic connotations. As for the conception of it, well I think the words came to me while I was on an aeroplane at night coming home to London. The music was mainly written in Cornwall in a room overlooking the sea. I can’t really remember much about it though.

 

04. Take me In  will come out only on LP, let you think of this track available for download as well, since those who buy the CD will not have it?
Pat Walker: 
No, I have no intention of releasing this song in any other format.

 

05. The album was recently released and already has several positive reviews, you’ve been waiting for this receptivity, or caused him some surprise?
Pat Walker: 
I wasn’t expecting great reviews, but then I wasn’t surprised when we got them either because I think it’s a good record.

 

06. In the review I did, I commented that the hearing of this debut would be better if accompanied by a nice glass of wine and the lights out. Do you agree with that statement.
Pat Walker: 
Well whatever floats your boat.

 

07. What are your plans for the band in 2011.
Pat Walker: 
We’ve plenty of shows fixed and a couple of tours in the works. We’ll release an EP too though I am not sure when.

 

08 .I read on the internet you also the acting class. How to reconcile this activity with the band?
Pat Walker: 
You can read all sorts of things on the internet but it doesn’t necessarily mean they’re true!

 

09. Knowing that here in South America there are many lovers of doom, you have already floated the idea to venture on this side of the Earth.
Pat Walker: 
I’d play anywhere if someone pays for it to happen.

 

10. Apart from the Sepultura and the Brazilian Football Team, what else do you know about Brazil.
Pat Walker: 
I recently attended a lecture by American author and academic Daniel Everett who spoke about his work in linguistics living among the Amazonian Pirahã people. Actually, I could probably tell you more about them than I could Sepultura or Brazilian football.

 

11. Thanks for the interview and feel free to leave us your last words.
Pat Walker: 
None – thanks for the interest.

 

Pictures: Promotion

 

Entrevista: 40 Watt Sun

* Há pouco mais de um mês entrei em contato com o cidadão Patrick Walker, membro fundador e principal compositor desta banda que segue um passo a frente de sua antecessora Warning. Nesta pequena entrevista, Pat (com seu humor britânico) nos responde sobre o debut The Inside Room, da rapidez da gravação (3 dias e 3 noites), se mostrou um bom conhecedor do Brasil, muito mais que Sepultura e Seleção Brasileira, além de um “boato” que rola na internet, vide Metal-Archives, que falam que ele dá aula de atuação.

* entrevista originalmente postada nos meados de maio nesse endereço:
https://funeralwedding.wordpress.com/2011/05/12/entrevista-40-watt-sun/


1. Sua antiga banda “Warning” tem um som muito similar ao 40 Watt Sun. Qual o motivo que te levou a encerrar com o Warning e começar esta banda nova, mesmo sabendo que haverá comparações entre as duas. 
Pat Walker: Bem, eu nunca pedi para que as pessoas fizessem comparações mas parece quase inevitável que elas serão feitas. Claro que o som é semelhante a um certo ponto, porque sou eu quem canto, toco guitarra e escrevo as canções, mas se você olhar além do óbvio ambas as bandas que não são iguais.

 

2. Pela atmosfera depressiva desse “The Inside Room” é quase inacreditável que vocês tenham conseguido gravar essa obra-prima em apenas 3 dias/noites. 
Pat Walker: Eu não vejo por que deveríamos ter precisado de mais tempo. Entramos e fizemos praticamente tudo em uma única tomada. Isso me custou cerca de £ 900 (cerca de R$ 2.500,00).

 

3. Carry me Home, é uma das faixas mais depressivas do álbum, conte-nos como foi desenvolvida a idéia dela até chegar concepção final. 
Pat Walker: Não era supostamente para ser “deprimente”. Eu nunca tinha pensado nisso assim. Depressão é uma palavra totalmente negativa, mas com conotações de pessimismo. Quanto à concepção, bem, eu acho que as palavras vieram para mim enquanto eu estava em um avião à noite voltando para minha casa em Londres. A música foi escrita principalmente em Cornwall, em um quarto com vista para o mar. Eu não consigo me lembrar muito sobre isso ainda.

 

4. Take me In sairá somente em LP, vocês pensam em deixar essa faixa disponível para download também, já que quem adquirir o cd não a terá? 
Pat Walker: Não, eu não tenho nenhuma intenção de lançar essa música em qualquer outro formato.

 

5. O álbum foi recém lançado e já obtém várias críticas positivas, vocês esperavam por essa receptividade, ou lhe causou uma certa surpresa? 
Pat Walker: Eu não estava esperando grandes comentários, mas eu não fiquei surpreso quando chegaram também, porque eu acho que fizemos uma boa gravação.

 

6. Quais os planos para a banda neste ano de 2011. 
Pat Walker: Temos alguns shows encaminhados e algumas tours sendo agendadas. Vamos lançar um EP, muito embora eu não estou certo quando.

 

7. Li na internet que você também da aula de atuação. Como é conciliar essa sua outra atividade com a banda? 
Pat Walker: Você pode ler todo tipo de coisas na internet, mas isso não significa necessariamente que eles são verdadeiros!

 

8. Sabendo que aqui na América do Sul existe muitos apreciadores do doom, vocês já cogitaram a idéia de se arriscar por esse lado do continente. 
Pat Walker: Eu tocaria em qualquer lugar se alguém estiver disposto a pagar para que isso aconteça.

 

9. Tirando o Sepultura e a seleção brasileira, o que mais você conhece do Brasil. 
Pat Walker: Recentemente assisti a uma palestra do autor americano e acadêmico Daniel Everett, que falou sobre seu trabalho em lingüística vivendo entre os índios Pirahã na Amazônia. Na verdade, eu provavelmente poderia te dizer mais sobre eles do que eu poderia dizer sobre o futebol brasileiro ou o Sepultura.

 

10. Obrigado pela entrevista e sinta-se a vontade de nos deixar suas últimas palavras.
Pat Walker: Nenhuma – obrigado pelo interesse.

 

*Fotos: Divulgação

Contatos:
http://www.facebook.com/40wattsun
http://www.cyclone-empire.com/

Serviço de Utilidade Pública

A vocalista Lisa Johansson anuncia que está deixando a banda, ela já havia comunicado a banda no final de outubro sobre sua saída, mas infelizmente chegou a hora do comunicado oficial, vide nota abaixo:
“É difícil para mim escrever isso; algo que eu tenho pensado há muito tempo. Argumentei comigo mesmo e de lá para cá, mas, finalmente, chegado à conclusão de deixar o Draconian.
Então, por que? Uma das razões é que desde que eu tive meu filho eu sinto que eu não quero, por razões emocionais que desaparecem quando se têm viagens mais longas a fazer. Eu conto as horas até quando eu estou de volta. Outra razão é que eu tenho um trabalho exigente seis dias por semana, e isso além de ter um filho para cuidar, e eu sinto dificuldade em encontrar paixão e energia para me envolver com o Draconian, na medida em que eu deveria.
É realmente com o coração pesado eu sento e escrevo isto. Eu não quero desistir, nem pelos meus fãs ou pelos caras do Draconian, mas eu sinto que tenho que priorizar minha família.
Eu não preciso de uma despedida chorosa soluçando ao lado dos membros do Draconian. Vou continuar em contato, mas é o pensamento em vocês que têm escutado as nossas músicas e a todos vocês que eu conheci em nossos shows que será o mais difícil de deixar para trás. A todos vocês que eu quero dizer Obrigado!
Vou levar todas as lembranças comigo e todos vocês no meu coração sempre. E uma parte de mim sempre será a Lisa do Draconian.
/Lisa Johansson “.

 

A banda avisa que não irá encerrar as atividades e deseja à ela toda a felicidade do mundo, pois foram 10 anos de convivência, e que o show realizado na Bélgica no 9ª edição do Metal Female Voices.
E ainda não foi anunciado a sua substituta.

 

Fonte: http://www.draconian.se

Entrevista: HellLight

Nos meados do mês passado entrei em contato com esse simpático/competente músico que nos deu uma visão maior do que é o HellLight, sobre como está a aceitação do álbum ‘… and Then, the Light of Consciousness Became Hell’ que foi lançado pelo selo russo Solitude Prod, sobre o álbum de versões que foi recentemente disponibilizado no site da banda, sobre o que poderá vir em seu primeiro DVD à ser gravado além de outros assuntos.

 

1. Já passado alguns meses do lançamento de … and Then, the Light of Consciousness Became Hell, já conseguem ter uma idéia da receptividade do álbum?
Fábio de Paula – Ah sim, a receptividade foi muito boa, até melhor do que esperávamos…uma vez que o álbum só foi oficialmente lançado na Europa.. e também porque Doom Metal nunca foi muito popular aqui no Brasil; acredito que estamos conseguindo “abrir caminho” aqui no nosso país.

 

2. Na faixa de abertura The Light That Brought Darkness, na parte final da música, há uma pequena pausa, a guitarra toca uns riffs e logo entra toda a banda. Essa parte especificamente me trouxe a mente a mesma idéia da faixa Blood and Iron do Bathory. Foi algo pensado ou simplesmente aconteceu naturalmente?
Fábio de Paula – Aconteceu naturalmente, mas sem dúvida nenhuma, as influências existem e são muito fortes… Pra falar a verdade, eu acho muito positivo quando somos comparados a bandas que fazem parte das nossas influências, mas não, não foi nada pensado.

 

3. Os vocais limpos, além de muito bem encaixados e executados, e acabei notando uma influência de Dio neles. Seria correta essa afirmação?
Fábio de Paula – Seria corretíssima (risos), é uma grande honra ouvir isso..pois o Ronnie Dio sempre foi uma inspiração muito grande para mim, acho que ele é um grande exemplo de músico e de pessoa… a morte dele foi, sem dúvida, uma perda muito grande para o Metal.

 

4. Esse ep com versões intitulado The Light That Brought Darkness será dividido em duas parte, a primeira com a faixa homônima e a segunda com as versões. Essa musica é a mesma que apareceu em seu mais recente disco, ou foi regravada/acrescentada algum novo arranjo?
Fábio de Paula – Sim, é a mesma faixa..na realidade, esse EP foi feito para tentar mostrar o que é o Doom Metal para as pessoas que não conhecem e a melhor forma que eu encontrei de fazer isso foi regravando clássicos do rock e metal com a roupagem do HellLight, acho que está funcionando bem, pois muitas pessoas que nunca ouviram Doom estão tendo contato atravéz de músicas que elas já gostavam… e automaticamente já conhecem o HellLight e uma música do último álbum.

 

5. E como se deu a escolha para essas versões e o porque dessa escolha?
Fábio de Paula – Nós nos reunimos e escolhemos músicas que gostamos, cada um veio com algumas idéias, nós demos uma filtrada e selecionamos as que mais se encaixavam no perfil do projeto…Eu particularmente escolhi algumas como: How the gods kill (Danzig), Heaven and Hell (Black Sabbath) e Hey Hey My My (Neil Young)…pois são músicas que eu sempre gostei e sempre tive vontade de regravá-las.

 

6. O Helllight está preparando a gravação de seu primeiro DVD, como está os preparativos? Haverá algumas imagens extras de gravação, algum vídeo promocional? O que vocês já podem nos adiantar?
Fábio de Paula – A princípio será o show que nós faremos no Blackmore no dia 4 de Dezembro…mas com certeza terão cenas de bastidores, algumas entrevistas e acredito que dê tempo de colocar o vídeo clipe que faremos para a música “the light that brought darkness”…será um DVD bem completo e para quem curte o estilo, muito Doom Metal..

 

7. Recentemente o baterista Roberto foi recrutado à banda. Como se deu esse convite e o que ele já acrescentou para a banda nesse pequeno período?
Fábio de Paula – O Roberto se juntou á banda recentemente, mas com certeza trouxe muitas idéias novas e também muita qualidade e técnica para a bateria..ele é um excelente músico e muito criativo também…Quem toca Doom Metal sabe que a bateria é sempre um item complicado, pois ao contrário do que se pensa normalmente, tocar músicas lentas exige muito mais do baterista do que as músicas rápidas…nós já tivemos bateristas muito bons que não conseguiram se adaptar direito ao estilo.

 

8. Sabendo que aqui no sul do país existem alguns festivais voltados ao estilo, vocês já receberam algum convite para tocar por aqui?
Fábio de Paula – Infelizmente ainda não, estamos ansiosos para que aconteça, mas ainda não rolou.

 

9. E como está o cenário doom metal aí em São Paulo?
Fábio de Paula – Infelizmente o cenário Doom aqui em São Paulo é muito parecido com o cenário do Doom no resto do país (com excessão do sul), ou seja, inexistente (risos) …a solução que nós encontramos é fazermos nós mesmos…tentamos, sempre que possível, armar algum festival…felizmente temos a possibilidade de abrir alguns shows de bandas internacionais de vez em quando… que é uma ótima oportunidade de mostrar ao pessoal o que é o Doom Metal.

 

10. Cite 5 álbuns essenciais do doom metal que você considera.
1- Wildhoney (Tiamat)
2- like gods of the Sun (My Dying Bride)
3- The Devil you know (Heaven and Hell)
4- Candlemass (Ancient Dreams)
5- Empyrium (A wintersunset..)

 

11. Agradeço pela entrevista e gostaria que deixasse suas últimas palavras para os leitores do Funeral Wedding.
Fábio de Paula – Eu que agradeço a oportunidade de mostrar um pouco do trabalho que faço no HellLight, eu sei que no nosso país, o “mercado” desse estilo é muito restrito..porém, muito fiel também..eu agradeço muito pelo apoio que nós recebemos do nossos fãs e também da mídia especializada.. contem conosco para que a bandeira do Doom Metal continue hasteada nesse país, nós não deixaremos esse estilo tão importante morrer, jamais.

 

Photos: Carolina Pucci

 

Contatos:
www.helllight-doom.com/
http://metalmedia.com.br/helllight/index.php
https://www.facebook.com/pages/HellLight-Doom-Metal/137602556285696
http://solitude-prod.com

Entrevista: Garden of Worm

Há pouco tempo atrás entrei em contato com  Sami J. Harju que é o baixista/vocalista dessa banda que consegue misturar o doom tradicional com o metal progressivo de forma ímpar. Nos falou do início da banda, sobre a capa do debut que foi considerado como uma das mais horrendas além de outras coisas.

 

1. Pouca informação é encontrada de vocês pela internet. Gostaria que nos desse um pequeno preview de como surgiu a banda e a idéia de fazer um som voltado ao doom metal?
SJ.Harju – Começamos com Garden of Worm em algum lugar na segunda metade de 2003 se a minha memória não me falha. Enfim, foi na mesma época que eu e Erno tinhamos entrado em um hiato indefinido com a nossa banda de rock prog, e sentimos que precisavamos voltar para o básico e começar a tocar doom metal absolutamente honesto. Pedimos a Jani, nosso amigo de longa data, para tocar bateria na banda, e assim o lineup estava completo.

 

2. Em 2010 foi lançado o debut, como foi o processo de gravação do álbum e a sua aceitação?
SJ.Harju – 
A maioria das músicas do álbum foram escritas no período de tempo bastante curto, pelo menos em comparação a quantidade de tempo que normalmente gastaria no processo de criação de músicas. O material foi feito em cerca de meio ano, exceto “Hollow” que já existia já há algum tempo antes do resto das canções, e depois foram gravadas dentro de alguns meses.
Fizemos as gravações com um amigo nosso, então tecnicamente falando, o processo foi realmente sem dor e fácil. Para mim, pessoalmente, fazendo os vocais no estúdio é sempre a tarefa mais difícil e exigente a vários níveis, pessoas como eu tendem a ser autocríticas, ao ponto de frustração.
O álbum está sendo muito bem aceito, recebendo na sua maioria muitas opiniões positivas dos críticos e fãs de doom metal da mesma forma. Alguns aspectos de nossa música parecem dividir a opinião comum de “ame-o” ou “odeie”, mas claro, é apenas uma coisa positiva. E, tanto quanto sei, as vendas do álbum têm sido satisfatórias também.

 

3. A capa do play Garden of Worm, é onde não devemos aplicar o termo “não julgue pela capa”, pois tem um lobo debilitado. Qual o significado dessa ilustração, e ela tem alguma ligação com o contexto lírico do álbum, principalmente com a faixa Psychic Wolves?
SJ.Harju – 
Eu encontrei a ilustração a partir do site Justin Bartlett, quando nós estávamos gravando o álbum e pensei que iria se encaixar perfeitamente a atmosfera geral da música.
Embora uma conexão direta com a letra pode não ser tão óbvia, acho que reflete alguns dos temas que são  identificados perfeitamente nas letras, como isolamento ou reclusão, de um modo geral.
Muitas opiniões do álbum ser julgado pela arte da capa como um dos piores em história, mas estamos realmente contente como ele saiu!
Você deverá ver o vinil capa dupla para realmente apreciar todo o conceito visual.

 

4. Escutando os materiais mais antigos vocês tinham um som mais voltado para o doom tradicional e já no debut já nota-se a chamada evolução musical e temos algumas passagens interessantes até mesmo progressivas?
SJ.Harju – Olhando para trás, eu acho que as influências de certas bandas clássicas de doom e algum tipo de regras de gênero eram muito mais aparente em nossa música naquela época, como a idéia básica era começar a construir tudo a partir das peças mais fundamentais.
Alguns anos se passaram desde então, e definitivamente mostra em muitos níveis diferentes o que fazemos e onde estamos hoje com o Garden of Worm.
Talvez não se esperava a banda crescer tanto para ser tão importante para nós como ela se tornou.
Assim, sob esta luz da evolução musical tem sido natural para nós, a ambição de se esforçar e explorar diferentes maneiras de abordagem a este gênero são algumas das forças mais significativas e mantém a banda em primeiro lugar.

 

5. Uma coisa que me chamou muita atenção foi o seu modo de cantar que em alguns momentos me lembrou os timbres de Geddy Lee (Rush), certamente ele foi uma influência para você?
SJ.Harju – Hahhah, muitas pessoas já me perguntaram sobre isso antes e eu nunca fui capaz de ouvir essa semelhança! Eu acho que ele está lá, embora eu não possa dizer se ele teve qualquer influência no meu modo de cantar. Eu gosto muito de alguns álbuns do Rush, no entanto…

 

6. Desde o início o Garden of Worm tem nomes de músicas e passagens em suas letras que causariam inveja em diversas bandas splatter.  (vide essa passagem: I see her again she’s lying among dead bodies / Rotten fruit on her table swarming with maggots and flies) Como é a ligação de vocês com esse tema não tão usual para o doom metal??
SJ.Harju – 
Isso é uma observação interessante, com certeza, e isso é algo que não temos realmente considerado… Hmm, pensando sobre os textos em geral, na forma em que são escritos em sua maioria, são de uma forma realmente simples e os assuntos, embora lidar com isso “todos os dias”, pode ser bastante selvagem por natureza, mas a maneira que eu vejo, é que é tudo parte da vida humana e tem inspirado a maioria das letras que escrevemos. Alguns deles lidam com decepções, alguns com alegria ou mesmo com amor, enquanto outros são sobre morte e decadência. Nós nunca visamos banquetes com detalhes sangrentas ou horripilantes, mas não há como evitá-los quando for necessário.

 

7. Assisti no youtube alguns vídeos de vocês tocando ao vivo. Gostaria de saber se há planos de lançar algum dvd, ou algum material promo em video para que possamos sentir o poder do Garden of Worm.
SJ.Harju – Duvido algum dia haverá um DVD ao vivo de qualquer tipo, me desculpe. Eu nunca gostei de assistir gravações ao vivo, e eu me abomino completamente o Garden of Worm em video.
Eu sinto que muita da magia do momento é perdido. Você não pode sentir a ligação da banda com o público, você não pode sentir a batida baixo em seu peito e você não pode sentir o cheiro do suor.

 

8. Como está o processo de composição para o próximo álbum, e a previsão de lançá-lo?

SJ.Harju – Atualmente, temos algumas músicas novas em desenvolvimento para o próximo álbum, possivelmente já um número suficiente deles na verdade. Muitos dos novos riffs e formas de canções foram criadas por meio de improvisação – basta tocar com a banda. Esta é uma nova abordagem para nós, e até agora tem sido realmente um divertido e uma maneira produtiva de trabalhar.
Ao que parece agora, o álbum será composto de quatro ou cinco faixas mais curtas e uma longa que se estende por toda a outra metade do disco. Mas bem, isso tudo está sujeito a mudanças, por isso não posso lhe prometer nada exatamente. De qualquer forma, esperamos gravá-lo durante o inverno, mas vamos ver o que acontece …

 

9. Gostaria que citasse seu playlist atual.
SJ.Harju – É uma sacola de compras verdadeiramente mista, tem demos e singles que vão do obscuro ao contemporâneo e do heavy metal básico até o prog rock clássico.
Distance “It seems to be right” 7″
Foetus “Le radio l’a tué” 7″
Forced Kill “Invasion of steel” demo-tape
Hellion Noise “Devil’s daughter” 7″
Helloween “s/t” MLP
Orodruin “Days of the doomed” demo-CD
Penzzer “Premier assault” 7″
Running Wild “Gates to purgatory” LP
Van Der Graaf Generator “H to he…” LP
Whitespirit “s/t” LP

 

10. Muito obrigado pela entrevista e gostaria que deixasse uma mensagens para os leitores do Funeral Wedding.
SJ.Harju – 
Sim, muito obrigado pela entrevista, Rod! Fiquem ligados e siga-nos no Facebook: www.facebook.com/gardenofworm


  • Fotos por R.Niemelä e foi tirada em Jalometalli 2011

Interview: Garden of Worm

Not long ago I contacted Sami J. Harju is bassist / vocalist of this band that manages to blend the traditional doom with progressive metal so odd. We talked about the beginning of the band, the front cover of the debut which was regarded as one of the most horrendous and other things.

1. A little information is found from you on the Internet. I would like to give us a little preview of how the band came and the idea of a focused sound to doom metal?
SJ.Harju – We started with Garden of Worm somewhere in the latter half of 2003 if my memory serves me right.
Anyway, it was around the same time that me and Erno had went on an indefinite hiatus with our prog rock band, and we felt the needed to get back to the basics and start to play downright honest doom metal.We asked Jani, our long time friend, to play the drums for the band, and so the line up was complete.

 

2. In 2010 it launched the debut, as the process of recording the album and its acceptance?
SJ.Harju – Most of the songs on the album were written in quite short time period, at least compared how much time we normally spend in the creation process of songs. The material was done in about half a year, except for the album closer “Hollow” which had been in existence already a couple of years before the rest of the songs, and then recorded within a couple of months.
We did the recordings with a friend of ours, so technically speaking the process was really painless and easy. For me, personally, doing the vocals in the studio is always the most difficult and demanding task on many levels as I tend to be self-critical to the point of frustration.
The album has been accepted really well, receiving mostly very positive reviews from the critics and doom metal fans alike. Some aspects of our music seem to divide the common opinion to “love it” or “hate it”, but that of course is only a positive thing. And as far as I know, the album sales have been satisfactory as well.

 

3. The artwork for the Garden of Worm debut, is where we should not apply the term “do not judge by the cover” because it has a weakened wolf. What is the significance of this illustration, and she has some connection with the lyrical context of the album, especially with the song Psychic Wolves?
SJ.Harju – I found the illustration from Justin Bartlett’s site when we were recording the album and thought that it would perfectly fit the overall atmosphere of the music. While a direct connection to the lyrics may not be that obvious, I think it reflects some of the themes that the lyrics handle, such as isolation or seclusion, quite well in a way.
Many reviews of the album have judged the cover art as one of the worst in history, but we are really glad how it turned out! You should see the gatefold vinyl to really appreciate the whole visual concept…

 

4. Listening to the older material, you had a sound more toward the traditional doom debut and we can see a call musical evolution and we have some interesting passages even progressive?
SJ.Harju – Looking back, I guess that the influences from certain classic doom bands and some sort of genre rules were much more apparent in our music back then, as the basic idea was start building it all up from the most fundamental pieces. Quite a few years have passed since, and it definitely shows on many different levels in what we do and where we are with Garden of Worm now.
Maybe we didn’t expect the band to grow to be as important to us at first as it did. So, in this light the musical evolution has been most natural for us. The ambition to strive forward and explore different manners of approach to this genre are couple of the most significant forces keeping the band going in the first place.

 

5. One thing that caught my attention was his way of singing that at times reminded me of the sounds of Geddy Lee (Rush), he certainly was an influence on you?
SJ.Harju – Hahhah, many people have asked me about this before and I’ve never been able to hear the resemblance myself! I guess it is there, although I can’t say he’s had any influence on my singing.
I do enjoy some Rush albums quite a bit, however.

 

6. Since the beginning of the Garden of Worm has names of songs and passages in his letters that would cause ‘envy’ in many splatter bands. (see this passage: I see her again she’s lying among dead bodied/Rotten fruit on her table swarming with maggots and flies). How the connection of you with this theme not so usual for the doom metal?
SJ.Harju – 
That’s an interesting remark for sure, and something that we haven’t really ever considered ourselves…
Hmm, thinking about the texts in general, the way they are written is mostly really straightforward and the topics, although dealing with these “everyday” things, can be quite savage by nature. But the way I see it, is that it is all part of the human life which in itself has inspired most of the lyrics that we’ve written. Some of them deal with disappointments, some with joy or even with love, where as others are about death and decay. We’ve never aimed at feasting with any of the gory or gruesome aspects or details, but we don’t avoid dealing with them either when it is necessary.

 

7. I watched some videos on youtube from you playing live. I like to know if there are plans to launch a DVD, or some promotional material on video? So we can feel the power of the Garden of Worm?
SJ.Harju – 
I doubt there ever will be a live DVD of any kind, sorry. I’ve never enjoyed watching live recordings that much, and I completely abhor watching GOW on video – I feel that a lot of the magic of the moment is lost. You can’t sense the band’s connection to the audience, you can’t feel the thumping bass on your chest and you can’t smell the sweat.

 

8. How is the the songwriting process for the next album, and the estimates of release it?
SJ.Harju – Currently, we have some new songs under work for the next album, possibly already enough of them actually. Many of the new riffs and bodies of songs have been created through improvisation – simply jamming with the band. This is a new approach for us, and so far it’s been a really exhilarating and productive way of working as well.
It seems now that the album will consist of four or five shorter tracks and a lengthy one that spans across the other half of the record. But well, at this point everything is subject to change, so no exact promises yet.
Anyway, we hope to record it during the winter, but we’ll see what happens…

 

9. I’d like quoting your current playlist.
SJ.Harju – It’s a real mixed bag of recent purchases – from obscure French and Finnish singles to contemporary demos and from the heavy metal basics to prog rock classics.

Distance “It seems to be right” 7″
Foetus “Le radio l’a tué” 7″
Forced Kill “Invasion of steel” demo-tape
Hellion Noise “Devil’s daughter” 7″
Helloween “s/t” MLP
Orodruin “Days of the doomed” demo-CD
Penzzer “Premier assault” 7″
Running Wild “Gates to purgatory” LP
Van Der Graaf Generator “H to he…” LP
Whitespirit “s/t” LP

 

10. Thank you for the interview and would like to leave a message for the readers of Funeral Wedding.
SJ.Harju – Yeah, thanks a lot for the interview, Rod! Stay tuned everyone and follow us on Facebook at www.facebook.com/gardenofworm

 

 

  • Photos by R.Niemelä and was taken at Jalometalli 2011

 

Serviço de Utilidade Pública

Vinte anos depois do nascimento e dez anos após o encerramento das atividades, o doom metal do Celestial Season ganha vida novamente.
Eles irão tocar seu segundo álbum “Solar Lovers” em sua totalidade, a partir da primavera (hemisfério-norte) de 2012.
Os membros Olly Smit (guitarra) e Pim van Zanen (guitarra) resolveram dar vida novamente à esse projeto, pois sentem que este é o momento de trazer as músicas desse registro inovador para a vida, na maneira que ele realmente merece.
Logo após o lançamento de “Solar Lovers”, a banda passou por uma metamorfose drástica com a chegada de um novo vocalista e a mudança de estilo para “Sonic Orb” EP, deixando para trás o seu doom metal.
Pim van Zanen afirma: “Agora é a hora de dar ao (álbum) “Solar Lovers” uma segunda chance. Todos nós nos sentimos desafiados a tocar o álbum ao vivo, de cabo à rabo e fazê-lo soar melhor.
Além disso, o Celestial Season irá tocar a sua versão “assustadora” de Vienna (cover da banda Ultravox) ao vivo pela primeira vez na existência da banda.
A fim de dar um novo ar ao som de “Solar Lovers”, eles recrutaram o vocalista George Oosthoek (Ex-Orphanage). A cozinha fica por conta de Jacques de Haard e Rob Snijders do lineup da banda de 1998-2001. Assim como no álbum, Jiska ter Bals toca violino e Elianne Anemaat (cello).
Esta promete ser uma experiência única e as apresentações serão em datas seletivas em 2012-2013.
Para matar a sede dos fãs, a banda disponibiliza para download a faixa Decamerone que foi totalmente regravada pela nova formação.
http://soundcloud.com/pim-vanzanen/decamerone_2011

 

Fonte:
http://www.celestialseason.nl
Contato:
https://www.facebook.com/CelestialSeason 

Mythological Cold Towers – Immemorial

Desde a primeira vez que tive a oportunidade de ouvir o som dessa banda paulistana, na época da coletânea ‘In the Winds of a New Millennium’ da falecida Demise Records já me causou um certo encanto. Logo o seu debut entrou em cena e por muito tempo se tornou minha trilha sonora. Com um doom/death metal coeso e com uma sonoridade densa e encorpada, mas em seus lançamentos seguintes foram colocando o pé no acelerador e aos poucos foram deixando de lado aquele doom metal de seu debut. E quando recebi esse material e ao observar a capa, logo pensei, eles voltaram e minha intuição mais uma vez não falhou.
Ao abrir esse play temos a bela Lost Path to Ma Noa, com riffs melodiosos, as guitarras bases com aquele peso tradicional e aquela velha atmosfera se faz novamente presente, a faixa seguinte Akakor nos dá a impressão de ser a continuidade da faixa anterior, e alguns riffs que lembram a velha escola do doom metal, principalmente pelos fraseados de guitarra.
Enter the Halls of Petrous Power tem um approach mais black metal e me lembrou um pouco de Dimmu Borgir, principalmente pelos vocais no início da faixa e em comparação as faixas anteriores essa é um pouco mais veloz. A tônica fica por conta dos vocais falados nos minutos finais, fazendo um diferencial e não cansando o ouvinte um segundo sequer.
The Shrines of Ibez tem uma linha melódica muito arrepiante, tanto nos fraseados de guitarra, quanto no clima sorumbático dos teclados. Os vocalista Samej nesta faixa, principalmente nos minutos finais, parece que está narrando uma parte da história e não cantando, casando perfeitamente com a harmonia executada pela banda.
Like an ode Forged in Immemorial Eras segue na mesma linha da anterior mas um pouco mais voltada às raízes da banda, tendo o mesmo feeling do grandioso Sphere of Nebaddon.
Apesar de todo o disco se manter num nível alto ficando difícil de destacar esta ou aquela faixa, mas não tem como passar desapercebido por The Fallen Race, essa faixa foi miticulosamente bem feita/executada. Desde o início com suas guitarras pesadas, os vocais guturais, as partes faladas, a bateria cadenciada e o clima atmosférico são impressionantes.
Para fechar esse opus, a faixa que leva o nome do material Immemorial. Já no início um dedilhado intercalado com guitarras ultra pesadas, e os característicos urros de Samej já dão o ar de despedida. Seguindo uma linha desoladora que acaba refletindo com o contexto da capa e interliga com todo o álbum.
A cada ouvida nesse material eu descubro mais detalhes e vou gostando ainda mais e só tenho a agradecer por ter recebido esse material.
Caro leitor, não deixe de adquirir essa obra prima do doom metal nacional, com certeza irá fazer parte de seu playlist por um longo período.

 

Mythological Cold Towers – Immemorial (Cyclone Empire)
1. Lost Path to Ma-Noa
2. Akakor
3. Enter the Halls of Petrous Power
4. The Shrines of Ibez
5. Like an Ode Forged in Immemorial Eras
6. Fallen Race
7. Immemorial

 

Contatos:
 https://www.facebook.com/officialmythologicalcoldtowers
http://www.myspace.com/mythologicalcoldtowers
http://www.cyclone-empire.com/

 

 

Serviço de Utilidade Pública

A banda paulistana de funeral doom HellLight, disponibilizou seu mais novo ep para download grátis em seu site.
http://www.helllight-doom.com/

O ep conta com uma faixa própria, The Light that Brought Darkness e as seguintes versões:
Heaven and Hell – Black Sabbath
How the Gods Kill – Danzig
Show Must Go on – Queen
Hey Hey My My – Neil Young
Confortably Numb – Pink Floyd
Man of Iron – Bathory.