Shadow of the Torturer – Dronestown

SOTTCoverArtLembro de ter visto esta capa circulando pela net há um tempo atrás, mas nem dei muita atenção. Ela traz uma imagem de meio rosto do maluco pastor Jim Jones, e as iniciais da banda logo abaixo SOTT. Acabei por receber do parceiro Memento Mori via Transcending Obscurity do amigo Kunal esta preciosidade.

Apesar dessa capa horrenda, se esconde um dos atos mais extremos e torturadores do doom na atualidade.

Esta versão em CD, conta com as duas faixas que já figuraram na versão LP e contém uma faixa bônus, que foi extraída do split com Ghost of Wem.

Abrindo esta obra, temos “Indianapolis-Ukiah” e só tenho apenas uma expressão a dizer: que música desgraçada. É nítido o sentimento de desprezo e nihilismo que essa música nos passa, seja ela através dos riffs de guitarra ou da batida arrastada da bateria, ou mesmo pelos vocais de Mikey Brown.

Seguindo adiante temos “We are a Righteous People-Guyana”, é tão desprezível quanto a faixa anterior e assim como ela, também é baseada no já citado Jim Jones, sendo que esta contém em boa parte uma, ou várias narrações ao invés dos vocais propriamente ditos. A parte que cabe ao Mikey são algumas frases e diversos grunhidos que começam próximo aos minutos finais desta música.

Na faixa de encerramento, é aquela que citei que se trata de um bônus e leva o nome de “Afterlife-Cities of the Damned”. É uma faixa boa, mas achei um pouco abaixo da média, se comparando as outras duas. Seus riffs e sua atmosfera é tão desgraçada quanto as outras.

Após várias audições, o sentimento foi o mesmo desde a primeira, ou seja, a sensação de se sentir um verdadeiro lixo humano.

Álbum muito bem recomendado para os amantes desta vertente depreciativa do metal.

 

Shadow of the Torturer – Dronestown (Memento-Mori)

1. Indianapolis-Ukiah

2. We are a Righteous People-Guyana

3. Afterlife-Cities of the Damned (bonus)

 

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Memento Mori

Liv Kristine – Vervain

447641E a voz de veludo voltou as suas raízes. Lembro de ter deixado de escutar essa donzela na época do debut álbum do Leaves Eyes, ou seja, há uma década atrás.

E quando vi o anúncio de lançamento desse álbum, olhei com uma certa desconfiança.

Mas já nos primeiros acordes de “My Wilderness”, você sente um certo ar nostálgico e que te leva lá nos tempos áureos do Theatre of Tragedy.

Seguindo adiante temos “Love Decay”, que confesso que na primeira audição não me apeteceu os vocais de Michelle Darkness, mas a medida que fui conhecendo o álbum e ouvindo diversas vezes, essa música se tornou um dos pontos altos do disco, ainda mais por lembrar e muito, o velho Theatre of Tragedy com os duetos de vocais.

“Vervain” faixa que dá nome ao material e tem uma pegada mais “alegre” e um certo ar de modernidade em sua sonorização.

“Stronghold of Angels”, para mim é a faixa que já valeria a aquisição do álbum, a participação de Doro nesta faixa deixa-a mais que especial, além de ter os dois pés fincados no Doom Metal. Arrastada, melancólica e com dois anjos cantando, pra que melhor?

Depois da tristeza da faixa anterior, temos a modernosa e feliz “Hunters”. Esta faixa lembra um pouco a fase modernosa do ToT, com uma pegada mais dançante e alegre demais para esse escriba.

“Lotus” vem em seguida e traz consigo uma certa melancolia, já que boa parte da música é apenas piano e vocal, lá pela metade da faixa que o restante dos instrumentos entram para acompanhar, seguido de um excelente solo de guitarra.

“Elucidation” segue na mesma proposta da citada Hunters, ou seja, bem alegre e modera.

“Two and a Heart”, segue numa tendência mais pesada e menos alegre, já “Creeper”, tem uma boa dose da fase Aegis, ou seja, é lenta, porém bela e serve de uma boa abertura para a faixa de encerramento.

Para encerrar temos outra música arrastada e com uma certa melodia depressiva, “Oblivious”, vem para entristecer ainda mais os corações partidos, além de ser um prenúncio de que o álbum chega ao seu final.

A versão Deluxe do álbum, contém 3 bônus, a faixa “Unbreakable”, “Love Decay” e “Stronghold of Angels”, estas duas últimas são versões apenas com os vocais de Liv Kristine.

 

Liv Kristine – Vervain (Napalm Records)

1. My Wilderness

2. Love Decay

3. Vervain

4. Stronghold of Angels

5. Hunters

6. Lotus

7. Elucidation

8. Two and a Heart

9. Creeper

10. Oblivious

 

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Napalm Records

Grey Widow – I

Grey Widow - I - coverÉ completamente normal ao ouvir uma banda nova o ouvinte escutar com cuidado a proposta do grupo em questão e todas as nuances do mesmo, ouvindo não apenas duas ou três vezes o álbum e sim por uma semana ou mais. Obviamente que existem álbuns que agradam na primeira audição, mas outros precisam de uma análise mais aprofundada para um compreendimento justo do trabalho.  Quando ouvi, I, primeiro álbum lançado da banda Inglesa, Grey Widow, meu primeiro pensamento foi, não de repulsa, mas sim de um não entendimento de proposta. Já ouvi muitas bandas de Sludge/Doom Metal, mas nenhuma me desagradou, e essa também não, o grupo apenas não prende a atenção.

A afinação e a distorção são extremamente graves, usuais do Sludge, mas estou certo de que aqui é feito com demasiado exagero, deixando transparecer com clareza o chiado de agonia das distorções do baixo e guitarra. Os vocais são urros e berros agonizantes e impossíveis de se traduzir ou tentar distinguir palavras, talvez ai esteja o resquício de arte do grupo. O objetivo é claramente passar esse sentimento de agonia indescritível, aliado á um som de menos receptividade audível possível, totalmente não comercial.

Sendo assim, fica claro que o som dos ingleses é destinado somente pra quem curte o extremo Sludge e o apoio a um estilo musical bastante não comercial, um som feito pra poucos, que serão dignos apreciadores da arte bastante restrita que é o som do Grey Widow, mas que para este mero escriba e ouvinte é um som para lá de meu entendimento e gosto, heh!

 

Grey Widow – I (Independente)

1. I

2. II

3. III

4. IV

5. V

6. VI

7. VII

8. VIII

 

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Resenha por: Guilherme Rocha

#Premiere: The House of Capricorn

A banda neozelandesa The House of Capricorn, acaba de lançar o vídeo para a faixa “The Only Star in the Sky” de seu novo álbum intitulado: Morning Star Rising.
O vídeo conta com algumas ilustrações bem macabras e que casam com a temática luciferiana da banda.
Seu mais recente trabalho sairá pelo selo finlandês Svart Records e tem seu lançamento agendado para o dia 9 de novembro.

Skepticism prepara seu novo álbum

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O lendário grupo de Funeral Doom, Skepticism, está preparando seu novo álbum intitulado de “Ordeal” e que será gravado ao vivo. A banda resolveu capturar esse novo material de uma maneira diferente, e apenas uma pequena platéia poderá acompanhar essa gravação que será na casa de shows Klubi, situado na cidade de Turku na Finlândia.

Esta será a primeira vez que será executada em público as faixas de “Ordeal”. Segundo a banda, as novas músicas são carregadas de emoção, devastadoras e ainda assim, bonitas.

Os sortudos ganharão uma cópia de seu EP 7″, lançado originalmente em 1992. Este 7″ não estará disponível para o grande público, apenas para os que comprarem os ingressos para acompanhar as gravações.

O vindouro álbum, será lançado pelo selo Svart Records da Finlândia e está disponível nas lojas em maio de 2015. Este álbum estará disponível em CD/DVD e em LP/DVD.

 

Maiores informações nos links abaixo.

www.skepticism.fi

www.klubi.net

Ghoulgotha – Prophetic Oration of Self

ghoulgotha - coverApenas 2 sonzinhos desse grupo estadunidense, que antecede o seu debut-album previsto para início do próximo ano e  que teve este EP 7″ lançado via Blood Harvest agora no início de setembro.

O som apresentado por eles é um Death/Doom Metal bem Old School, lembrando em algumas passagens o velho de guerra Encoffination, talvez por causa da presença de W. Sarantopoulos a.k.a Elektrokutioner, aqui levando os vocais e as 6 cordas.

Abrindo este 7″ temos a faixa “Prophetic Oration of Self”. Ela começa com um riff cortante de guitarra e um andamento mais “rápido” do que exatamente Doom.

É bem verdade que esse pegada lembra muito a linha do Incantation. Na passagem seguinte temos o inverso, uma levada arrastada lembrando o indefectível Cianide e ao longo de seus pouco mais de 7 minutos, temos essa variação de andamento.

Na sequência temos uma faixa mais curta, porém seguindo na mesma pegada da anterior, “Disintegration Paradox”. Devido a sua grande variação rítmica, ora mais rápida e ora mais arrastada, algumas dessas passagens me lembraram o trabalho do Hypocrisy em seu The Fourth Dimension, devido ao peso e crueza de seu material. Encontramos guitarras pesadas e vocais guturais, sem deixar espaço algum para harmonizações de teclados e outros instrumentos que possam modificar a sua áurea Old School.

EP que vale a pena ser conferido, ainda mais se você sente saudade daquela magia do início dos anos ’90.

 

Ghoulgotha – Prophetic Oration of Self  (Blood Harvest)

1. Prophetic Oration of Self

2. Disintegration Paradox

 

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Blood Harvest

As Autumn Calls – Cold Black & Everlasting

coverCom quase 15 anos de estrada, o grupo canadense, As Autumn Calls, lançou ano passado seu segundo álbum, sendo o primeiro, (An Autumn Departure) lançado em 2011. A banda é formada por: James (gutural e baixo), Andrew (guitarras e vocal limpo), Darren (bateria) e Brendan (guitarras).

Pois bem, pra começar, que o som do grupo fica muito mais interessante quando os músicos integram elementos acústicos, como ocorre na primeira canção do cd. O vocal limpo de Andrew encaixa perfeitamente, e soa muito mais melancólico que os guturais de James, e isso iriam descaracterizar o som do grupo, que é o Death/Doom Metal, que executam de maneira demasiadamente inflexível.

São poucos, os momentos que se destacam, sendo a primeira faixa, “Haunted”, a melhor canção do álbum, justamente por conter o maior trecho acústico e com vocais limpos. “These Doleful Shades”, também se encontra entre as melhores, possui uma ótima melodia e alguns contratempos muito bem encaixados. E a esperada trinca final, “Darkness Reflected”, “Darkness Confined” e “Darkness Everlasting” acabam não entretendo tanto o ouvinte como gostariam, apesar de todas possuírem excelentes introduções.

Talvez, esteja sendo um pouco duro com o grupo, mas esperava algo á mais de um grupo canadense que possui uma grande banda no meio do Doom Metal, a lendária, Woods of Ypres. Apesar da falta de elementos criativos, não é possível afirmar que o grupo não vale a audição, muito pelo contrário, fãs de Death/Doom Metal devem sim dar uma chance ao grupo, só não esperem nada além da zona de conforto.

 

As Autumn Calls – Cold Black & Everlasting (Rain Without End)

1. Haunted

2. Black Night Silent

3. These Doleful Shades

4. The Light Which No Longer Shines

5. Darkness Reflected

6. Darkness Confined

7. Darkness Everlasting

 

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Rain Without End

 

Resenha por: Guilherme Rocha

Stoic Dissention – Autochthon

RWE004Em algum lugar desta imensidão chamada internet, eu havia ouvido/lido falar dessa banda e me lembro também de ter lido o rótulo de Black/Doom Metal o que acabou por não me chamar a atenção, por coisas que não vem ao caso agora.

Recentemente recebi do parceiro Rain Without Rain esse novo opus e fui dar uma conferida no som desses estadunidenses.

Acredito que se esse material contivesse apenas a faixa de abertura “Wolcnum”, este álbum já seria digno de aquisição por boa parte dos doom metallers existentes nesta terra. O termo Black não se enquadra nesta faixa, pois o que encontramos aqui, é um Doom Metal arrastado, beirando ao Funeral Doom, algumas viagens sonoras que poderíamos chamar de projeções astrais.

“Weathered Stones” esta sim, tem uma pegada mais voltada ao Black Metal, porém encontramos algumas passagens mais jazzísticas e inúmeros contratempo, além da bateria ser bastante intrincada. Lá pela metade da música, temos uma mudança de tempo drástica e o som se torna arrastado. A música é guiada pelas teclas de piano, bateria e baixo, logo uma guitarra sem distorção é ouvida e o clima se torna bastante funéreo, ainda mais quando os vocais de Zach vociferam algumas frases.

Dando seguimento ao disco temos “A Fevered Grip”, essa música começa muito arrastada, praticamente morrendo. Encontramos uma intervenção da segunda guitarra, onde faz uma linha mais melódica, o que me lembrou muito os trampos do My Dying Bride. Se toda a depressão que se moldou nas duas faixas anteriores, nesta aqui, ela aflora já nos primeiros minutos. Em pouco tempo, tudo o que tinha cor se torna cinza e vamos seguindo esse enegrecimento até o final de seus 8 minutos.

“The Father of my Trials” vem em seguida e essa faixa segue numa linha mais Doom tradicional, sem ser arrastada. Os vocais hipnóticos de Zach são o ponto alto da faixa, visto que ele vai do grunhido ao lírico em poucos segundos.

Para encerrar temos “The Eldritch and the Atavistic”, mas não se engane com o começo progressivo alá Opeth, pois logo torna-se um esporrento Black Metal, crú e ríspido, lembrando as tosqueiras dos bons tempos do Dark Throne. A medida que o tempo avança, temos o seu retorno ao ambiente deplorável para encerrar de forma mais trágica e fúnebre possível.

Álbum que me surpreendeu bastante e que certamente ficarei mais antenado quando um novo opus deles for liberado.

 

Stoic Dissention – Autochthon (Rain Without End)

1. Wolcnum

2. Weathered Stones

3. A Fevered Grip

4. The Father of My Trials

5. This Feral Temple

6. The Eldritch and the Atavistic

 

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Rain Without End