Ereb Altor – Nattram

ErebAltor_Nattramn_200dpiPara quem desconhece os suecos do Ereb Altor, eles foram formados em 2003 por, Mats e Ragnar, ambos integrantes da também sensacional banda de Doom Metal, Isole. Obviamente que os dois integrantes procuravam fazer um tipo de som diferente da banda que participavam, então reuniram a toda a tristeza e melancolia do Isole e adicionaram-na uma das sonoridades mais sensacionais no Heavy Metal criada pelo falecido Quorthon: O Viking Metal.

Pois bem, desde 2003 o grupo vem lançando ótimos trabalhos chegando ao seu quinto álbum neste ano de 2015. Nattram pode ser até agora o melhor álbum lançado por estes incríveis músicos. O diferencial do Ereb Altor, é exatamente esta veia carregada na sonoridade do Bathory, que faz o ouvinte viajar em pensamento por paisagens épicas e batalhas sem deixar um dos pés muito bem travados no Doom Metal.

A canção destaque é “The Dance of The Elves”, emocionante do inicio ao fim, épica ao extremo, possuindo um final de canção extremamente melancólico e até um pouco caótico. Definitivamente um deleite para os amantes do Viking Metal. “Midsommarblot” ganhou um videoclipe e se destaca por ser a música carro forte do álbum, podendo atingir uma gama maior de ouvintes pelo feeling que transmite junto ao clipe.

Para encerrar, gostaria de enfatizar que o grupo foi tão bem neste álbum, onde até a arte do álbum é a mais bela de todas lançadas até agora, não sendo um colírio para os olhos, mas admito que capas dos antecessores deixem a desejar. Procurem adquirir esta obra épica, não há erros!

 

Ereb Altor – Nattram (Cyclone Empire)

1. The Son of Vindsvalr
2. Midsommarblot
3. Nattramn
4. The Dance of The Elves

5. Dark Waters

6. Across The Giant’s Blood

7. The Nemesis of Frej

 

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Cyclone Empire

 

Resenha por: Guilherme Rocha

Thurisaz – Live & Acoustic

hoes_thurisaz_acoustic_finalApós um tempo sem lançar nada, visto que o último álbum havia saído em 2011, eis que retornam com um excelente álbum gravado ao vivo e acústico.

Contando com uma dupla de violinos e um cello, além de uma vocalista como convidados especiais.

Segundo numa proposta similar ao Anathema (fica impossível não fazer essa comparação), temos alguns interlúdios se intercalando com as músicas e até mesmo alguns covers.

Iniciando com “Symbols”, faixa de abertura do álbum Circadian Rhythm, emendando num interlúdio e emendando em “Years of SIlence” de seu álbum de abertura. Confesso que conhecia apenas o álbum The Cymmerian Years e após escutar esse acústico acabei por não procurar pelos álbuns anteriores ao Cymmerian para não me “decepcionar”, já que até aqui, as faixas antigas soam tão perfeitas.

Seguindo adiante temos um cover para “Finality” do Woods of Ypres e digamos que ficou lindo e serve como um tributo ao David Gold e certamente onde estiver, estará feliz com essa versão.

Indo em frente temos “Never to Return” e a versão para “A Natural Disaster” do Anathema, essa faixa já havia sido divulgada pela banda em sua página no facebook e sinceramente ao fechar os olhos você acaba visualizando o próprio Anathema tocando, de tão perfeito que ficou.

Temos mais alguns apanhados de sua carreira como “Inner Voices”, “Broken” e “Fading Dreams”, que antecedem mais um cover e também de muito bom gosto que é “My Kantele” do grandioso Amorphis.

Para encerrar temos a faixa “Past Perfect” e que deixa no ouvinte uma certa satisfação de passar praticamente 1 hora de audição de belas melodias e por que não até uma certa paz interior.

Para quem adquirir esse material, tem disponível uma versão em DVD, e que deve ser uma beleza ainda poder assistir do conforto de sua casa acompanhado de uma bela taça (lê-se garrafa) de vinho.

Penso na satisfação deles após ter esse trabalho concluído e de que valeu todo o esforço durante os 9 meses de preparação para esse material.

Thurisaz – Live & Acoustic (Sleazy Rider Records)

1. Symbols

2. Interlude I

3. Years of Silence

4. Finality (Woods of Ypres cover)

5. Never to Return

6. A Natural Disaster (Anathema cover)

7. Inner Voices

8. Interlude II

9. Broken

10. Fading Dreams

11. My Kantele (Amorphis cover)

12. Past Perfect

 

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Sleazy Rider

Earth Flight – Blue Hour Confessions

297857O trabalho não saiu do forno agora, Blue Hour Confessions é um album lançado em 2011, E os alemães do Earth Flight estão na ativa desde 2004 sendo este álbum em questão é apenas o segundo da carreira.

Viagem total este som aqui. O grupo faz uma excelente mistura entre Doom/Prog e Gothic Metal, então já viu. É realmente um pouco difícil falar deste álbum, pois, ele foge bastante algumas características do Doom Metal, como os vocais graves ou guturais, focando muito mais na ambientação, em clima mais dark, próprio para se escutar em dias chuvosos.

Então se você conseguir digerir a idéia apresentada pelos caras o cd vai passar muito rápido, e obviamente você vai querer ouvir de novo, tornando-o viciante o que ele é de fato. “Noonday Demon”, “Restless” e “The Day That Was The Day” são as melhores faixas do álbum, transcendendo o ouvinte pra um universo psicodélico. A arte da capa é qualquer coisa acima de estupenda, uma arte de muito bom gosto e mais uma vez remetendo ao clima um pouco  psicodélico que a banda transmite.

Magnifico álbum, que passou despercebido por mim e espero que não passe pra ninguém pois merece pelo menos uma audição analítica de qualquer amante de Doom/Ambient/Atmospheric Metal.

 

Earth Flight – Blue Hour Confessions (Recent Records)

1. By the Light of the Moon

2. Noonday Demon

3. Restless

4. Deadheads – A Love Song?

5. The Day That Was the Day

6. Carnivale

7. Tideland

8. Other Side of the Rings

9. Elliot

10. The Organ

 

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 Resenha por: Guilherme Rocha

Begräbnis/Estrangement – Reinlich Weisse Trauer/Childlike Bewilderment

20140914090059Lançado nos meados do ano passado pelo selo japonês Weird Truth, este split nos apresenta duas bandas deste estilo maldito.

A primeira é a japonesa Begräbnis e a segunda e última, a australiana Estrangement.

A começar pela Begräbnis, que nos apresenta um Extremo Funeral Doom, traz consigo a sinistra vocalista Fumika Souzawa, que encarna o verdadeiro espírito negro e vocifera suas palavras de desespero.

O som deles é arrastado e nos apresenta uma sonoridade tétrica, ainda mais pela ausência de bateria, mas apenas com umas batidas dando acompanhamento. Vale ressaltar que nas apresentações ao vivo a citada vocalista tem um visual fortemente inspirado na misteriosa Sadako, o que no mundo ocidental o que mais se aproximaria é a conhecida Samara Morgan.

Dando continuidade na bolachinha temos o Estrangement.

Seguindo na mesma vibe Funeral Doom, mas não da forma sinistra como apresentada pela banda anterior, este ato possui uma levada mais “orquestral”. Aqui temos uma one-man band, onde JS faz tudo, e no encarte não possui muitas informações, já que podemos ouvir algumas passagens com violino e flauta e na foto contida temos duas moçoilas empunhando tais instrumentos.

Em pouco mais de 8 minutos, temos uma verdadeira avalanche de emoções, já que temos momentos arrastados e próximos ao final temos uma mudança brusca de andamento, onde aquela música que tinha até um approach depressivo, torna-se esporrenta, numa vibe altamente agressiva.

Um dos destaques fica por conta da capa, pela bela ilustração da artista Alice Biddau e que me chamou atenção logo de cara, quando recebi esse split.

Uma coisa negativa se for por assim dizer, é que temos apenas um som de cada banda e a vontade de ouvir pelo menos mais uma música é latente.

Mas fica aqui um belo registro desses novos expoentes do metal arrastado e fúnebre.

 

Begräbnis/Estrangement – Reinlich Weisse Trauer/Childlike Bewilderment (Weird Truth Prod.)

1. Begräbnis – Reinlich Weisse Trauer

2. Estrangement  – Childlike Bewilderment

 

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Weird Truth Prod

High Fighter – The Goat Ritual EP

a2165269408_2Vindo da Alemanha e capitaneado pela bela loira Mona Miluski, este novo ato Sludge/Stoner traz consigo músicos experientes da cena underground alemã.
Captado ao vivo da sala de ensaio, este EP possui apenas 5 sons, mas já serve para mostrar ao mundo o porque veio.
Tendo fortes influências de Electric Wizard/Down, principalmente em algumas passagens de vocal mais agressivas.
Dentro destas cinco faixas, fica impossível destacar uma em específico, já que todas soam uníssonas, mas certamente “2Steps Blueskill” pelo groove das guitarras e os vocais alá Phil Anselmo da fase NOLA. “Black Waters” é uma das mais nervosas, ainda mais pelos riffs embalados e convidativos para um “headbanging” e os vocais esquizofrênicos de Mona que variam daquela ira maquiavélica para os vocais cantados no melhor estilo Stoner.
“Fire in the Sun” é outra faixa que merece destaque, a começar pelos riffs que tem um certo groove, os vocais grunhidos de Mona também fazem a diferença aqui e pelo empolgante solo de guitarra.
Espero poder curtir um novo material deles num futuro breve e poder sentir esta mesma vibração que este primeiro registro nos proporcionou.
Pra quem deseja adquirir este material podes entrar no bandcamp deles (vide link abaixo) e pagar $1 Euro (aproximadamente R$3,50) pelo download.

 

High Fighter – The Goat Ritual EP (Independente)
1. 2Steps Blueskill
2. Breaking Goat Mountains
3. Black Waters
4. Fire in the Sun
5. In Veins

 

 

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Funeral Moth – Dense Fog

401588Este material foi recebido há um ano atrás e no meio do corre-corre diário foi ficando para trás, e logo após ler as notícias que Sento san está deixando a banda, não pude deixar este álbum parado e corri aqui para passar a minha impressão sobre ele.

E como já dizia aquele velho ditado: “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Após muitos anos lançando bandas de doom e vertentes pelo seu próprio selo (Weird Truth) eis que esses japoneses, lê-se, Makoto Fujishima lança o debut de sua própria banda.

Tendo seu último lançamento em 2008, eis que voltam como esse novo e extremamente arrastado ato.

São apenas 4 sons em pouco menos de 1h15 de duração.

O play abre com “盲目 – Blindness” e ao escutar os primeiros acordes, logo me vem a mente uma descrição que li uma vez sobre a banda Skepticism, onde dizia, Funeral Doom ultra lento e acredito que a mesma pode ser usado para descrever o som do Funeral Moth.

A faixa em questão é cantada toda em sua língua natal e ao lado temos a tradução para ela.

Instrumentalmente temos incríveis variações entre guitarras limpas/distorcidas, um baixo extremamente pesado e uma bateria cadenciada e presente nos momentos certos.

Na sequência temos uma faixa cantada em toda inglês, “Behind the Closed Door” e essa música tem uma “sofrência” nos vocais, que em certos momentos chega a dar um nó no estômago ao ouvir tanta gemeção. Esta música tem pouco menos de meia hora e seu andamento carregado e os vocais desesperados chegam a nos afligir. Após os 12 minutos, temos um andamento instrumental com o baixo guiando a música e alguns toques de guitarra sem distorção e nos brinda com excelentes momentos.

Indo em frente temos a instrumental “濃霧 – Dense Fog” que serve como prelúdio para a derradeira “自害 – Kill Yourself”. Assim como o próprio nome já diz, vou ali cortar os meus pulsos e já volto.

Após os primeiros acordes e os vocais mezzo sussurrados de Nobuyuki Sento e ao ler a tradução, visto que esta também é cantada em japonês, você logo imagina aquela paisagem cinza e o moribundo lentamente ir tirando sua própria vida.

 

Funeral Moth – Dense Fog (Weird Truth Prod.)

1. 盲目 – Blindness

2. Behind the Closed Door

3. 濃霧 – Dense Fog

4.自害 – Kill Yourself

 

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Mythological Cold Towers – Monvmenta Antiqva

mythA Mythological Cold Towers tem uma “coisa” que você consegue identificar o som deles entre inúmeras bandas. Não sei dizer se é pelo timbre dos instrumentos que sem mantém inalterado desde o seu debut lá em ’96 ou se é pelos inconfundíveis vocais de Samej.

Aos primeiros acordes deste novo artefato, uma expectativa se abatia em mim ao tentar imaginar o que este eles nos apresentariam.

Desde os climas de teclados na faixa de abertura “Beyond the Frontspiece” até o último acorde de “Vestiges”, tudo soa tão perfeito e coeso.

Podemos notar diferenças entre este material e os anteriores. Neste, está muito mais melódico, com linhas de guitarra que carregam o ouvinte por meio as ruínas da antiga Grécia e Império Romano.

Faixas como “Vetvstvs”, “Of Ruin and Tragedies” certamente cairão no gosto dos doomsters, pelo seu apelo melódico e até por que não uma dose de melancolia em seus riffs. Esta última, seu clima soturno nos cânticos e na sequência temos uma narrativa de Samej, que são de arrepiar. O mais incrível é acompanhar as letras e visualizar a cena como se tivesse entrado numa máquina do tempo e voltado à época do Império Romano e as batalhas que ocorriam no Coliseu.

Uma faixa também que merece destaque é “Votive Stele”. Os climas de teclados nela contido são marcantes, assim como as frases de guitarra que seguem até o final.

Na reta final do disco temos “Baalbeck”, “Strage Artifacts” e a já citada “Vestiges”. A primeira nos prima pela beleza e nos traz um som de um instrumento que lembra uma cítara, em meios aos andamentos de teclado. “Strage Artifacts” me lembrou um pouco a época do Gothic do Paradise Lost, onde temos todo um andamento soturno e a segunda guitarra fazendo as vias melódicas. A única coisa a se lamentar nela, por assim dizer, é o seu final abrupto.

“Vestiges” vem para narrar o fim de uma era, assim como um prenúncio do fim da humanidade que se aproxima.

Após esta viagem pela antiguidade em pouco mais de 40 minutos, fica quase que impossível não colocar pra rodar novamente este artefato.

 

Mythological Cold Towers – Monvmenta Antiqva (Nuktemeron Prod.)

1. Beyond the Frontispiece

2. Vetustus

3. Votive Stele

4. Of Ruins and Tragedies

5. Sand Relics

6. Baalbeck

7. Strage Artifacts

8. Vestiges

 

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