Fliegend – At The Dark Gate From The Hidden Whiteness

Diretamente do chile chega até nós via FunerART PosmoGROUP o primeiro full-length de uma banda relativamente desconhecida por essas bandas chamada Fliegend. O grupo pratica um Depressive Black Metal bem cadenciado e carregado, tendo o play foi batizado com a alcunha “At The Dark Gate From The Hidden Whiteness”.

A primeira música se chama  Auf den Bäumen in dem Wald e se apresenta uma bela e tocante intro para a segunda música: Nostalgia. Aqui temos o clima característico do Depressive Black Metal, guitarras cortantes e belas camas de melodias feitas por guitarras limpas. A terceira música se chama Desierto e segue o mesmo padrão, apresentando ótimos vocais de Psychopath (Vocais esses que são um dos grandes destaques do disco, bem impostados e com ótimos timbres), guitarras certeiras e ótimas ambientações. A seguir temos a quarta faixa batizada de Recuerdos Sangrientos que já de cara nos mergulha num clima denso e macabro, com seu começo limpo e logo após entrando guitarras declamando belos riffs, ótimos vocais e bateria certeira. A música perto dos seus seis minutos apresenta uma sessão um tanto quanto macabra, com guitarras distorcidas apresentando riffs perturbadores com alguma ambiência, mas sempre acompanhados dos vocais de Psychopath, criando um clima bizarro e ao mesmo tempo confortante, só ouvindo pra entender mesmo. Sensacional! A seguir temos Sombras e novamente temos como grande destaque das faixas o belo vocal de Psychopath. O que esse cara faz é absurdo, conseguindo criar várias ambiências com um vocal que em sua técnica não varia muito. O cara canta com vontade e emoção mesmo. Essa música apresenta andamentos bem mais lentos que a maioria do cd, chegando em alguns momentos a beirar as raias do Funeral Doom. Guitarras e teclados unem-se para criar paredes sonoras que caíram muito bem com a levada lenta da bateria, porém na segunda parte da música, temos de volta o Depressive Black Metal praticado pelo grupo, criando uma bela dualidade na canção, criando mais um belo momento do CD. A última música apresenta o nome de Gehen zur Hölle e é apenas instrumental. Um começo tímido que vai progredindo num final singular, porém belo.

O grupo tem dois álbuns lançados, sendo esse o primeiro e o mais novo chamado de “Auf dem kosmischen Tal suche ich nach meinem Tod”. A banda é desconhecida por essas terras mas merece uma ouvida cuidadosa, indicada para apreciadores do gênero e do som depressivo em geral. Confiram!

 

Fliegend – At The Dark Gate From The Hidden Whiteness (FunerART)

1. Auf den Bäumen in dem Wald

2. Nostalgia

3. Desierto

4. Recuerdos Sangrientos

5. Sombras

6. Gehen zur Hölle

 

 

Contatos:

http://www.myspace.com/fliegend

 

Resenha por Luiz Mallet. guitarrista das bandas Boreal Doom e Vociferatus

Interview: Morito Ergo Sum

Recently realized this interview with guitarist and band founder Morito Ergo Sum. Brazilian living in Sweden, where, together with an Italian friend rode this band of doom. This partnership launched their second material and we talked about it beyond their influences and other matters.

 

1. Hi Paolo, everything alright? Despite the long wait the interview came out.

Paolo Cito: Hello Rodrigo! Everything alright here. Yes, we finally have the opportunity to talk a little about Morito Ergo Sum on your site! And I do it with great  pleasure! 

 

2. Moonchild was released a year ago, how has the feedback been?

Paolo Cito: The feedback has been very good. We basically only received positive reviews, and many people seem to genuinely have liked what we did. We are gradually acquiring new fans. It’s a slow process because we are a relatively new and unknown band, and we choose to work independently, but it also means that the interaction between the band and the people who enjoy our work becomes much more personal. 

 

3. What is your main source of inspiration for your compositions?

Paolo Cito: Basically sadness. Although I consider myself a cheerful and positive person most of the time, I have a great attraction to the dark side of life and arts and I usually say that I see beauty in sadness. And I think that’s what Doom Metal tries to show. So we approach all topics that talk about it: death, pain, love, deception, etc … 

I also tend to compose the music for Morito during the Swedish winter, which is always very quiet, dark and gray. This helps a lot to create the atmosphere! 

 

4. After listening Moonchild, I decided to know the original version. I wonder why the choice of this track?

Paolo Cito: King Crimson is one of my favorite bands, and that album containing the track Moonchild is my favorite album from them. Since young I always wanted to play a cover of King Crimson, but never had the right band to do it. When I created Morito Ergo Sum, finally I had the freedom and opportunity to finally pay my tribute to this great band! 

 

5. Having known the original version, I noticed that you gave a greater touch of melancholy to it.

Paolo Cito: Yes, the track itself already carries a large load of melancholy, and it was simple to turn it into our own version. When I started working on that version it was one of those magic moments, when everything comes togheter naturally and at once. It took less than an hour to make the skeleton of the song! Then it was just a matter of adding the details with the help of the other band members.

 

6. I visited the band’s fanpage and noticed a small but significant change in your lineup. How is the current lineup of Morito Ergo Sum?

Paolo Cito: Yes, we recently acquired new members. Our guitarist (Pablo Magallanes) had to return to his homeland (Uruguay) due family reasons, and in his place we now have a new guitarist named Xavier Aguilar.

And as we could not find a drummer for the band, we decided that Walter should take care only of drumsticks. On vocals we have now a young singer who is also the violinist of the band, called Sebastian Rorengren.

This is the first time that Morito Ergo Sum has a complete lineup, and we have already started rehearsing so we can start to play live as soon as possible! 

 

7. Have any preparations for an upcoming material already began or will we have to wait a little longer?

Paolo Cito: At the moment we’re just rehearsing with the new members, adjusting all the necessary details so that we can start doing shows. Walter and I have written some ideas for a new material, but we have not sat down to work on them yet. But we will surely do it really soon. Our plan is to release a full album in the near future. We do not like to rush things, so we are taking it slowly so the music come out the way we like it. Yet it’s hard to say how long it will take… 

 

8. The band is also involved in another project, what can you tell us in advance about this?

Paolo Cito: Nothing! Hahahaha! All I can tell you is that we had the huge good fortune to attract the interest of some known people in the metal world. I do not have permission to talk anything more beyond that! 

 

9. What is your current playlist?

Paolo Cito: It is very diverse, including Faith No More, Hanoi Rocks, The Gardnerz, Obituary, Foreigner, A Pale Horse Named Death, and of course, the new My Dying Bride! 

 

10. I would like you to quote what the 5 essential doom metal albums

Paolo Cito: 

  • My Dying Bride, As the Flower Withers
  • Tiamat, Clouds
  • Paradise Lost, Shades of God
  • While Heaven Wept, Of Empires Forlorn
  • Anathema, Serenades

 

11. Thanks for the interview and I hope that soon we can talk again.

Paolo Cito: I am the one who thank you Rodrigo! Thanks for the support that you have been giving not only for our band, but also for the Doom Metal scene in general! For sure we will talk again! 

Entrevista: Morito Ergo Sum

Recentemente realizei essa entrevista com o guitarrista e fundador da banda Morito Ergo Sum. Brasileiro radicado na Suécia, onde, junto com um amigo italiano montaram essa banda de doom. Dessa parceria lançaram seu segundo material e sobre ele que conversamos além de suas influências e outros assuntos.

 

 

1. E aí Paolo tudo tranquilo? Apesar da longa espera saiu a entrevista.

Paolo Cito: Olá Rodrigo! Tudo bem por aqui. Sim, finalmente temos a oportunidade de falar um pouco sobre a Morito Ergo Sum aqui no teu site! E o faço com grande satisfacão!

 

2. Moonchild foi lançado há um ano atrás, como tem sido o feedback dele?

Paolo Cito: O feedback tem sido muito bom. Nós recebemos basicamente somente resenhas positivas, e muita gente parece genuinamente ter gostado do que fizemos. Estamos pouco a pouco adquirindo novos fãs. Em um processo lento pois somos uma banda relativamente nova e desconhecida, e escolhemos trabalhar independentemente, mas isso também significa que a interação entre a banda e as pessoas que curtem o nosso trabalho fica muito mais pessoal.

 

3. Qual sua principal fonte de inspiração para suas composições?

Paolo Cito: Basicamente a tristeza. Apesar de eu me considerar uma pessoa alegre e positiva na maior parte do tempo, eu tenho uma grande atração pelo lado escuro da vida e das artes, e eu costumo dizer que eu vejo beleza na tristeza. E eu acho que é isso que o Doom Metal tenta mostrar. Então nós abordamos todos os tópicos que falam sobre isso: morte, dor, amor, decepção, etc…

 Eu também costumo compor as músicas para a Morito durante o inverno sueco, que é sempre muito silencioso, escuro e cinzento. Isso ajuda bastante a criar a atmosfera!

 

4. Depois de ter escutado Moonchild, resolvi correr atrás para conhecer a versão original. Gostaria de saber do porque da escolha dessa faixa?

Paolo Cito: King Crimson é uma das minhas bandas favoritas, e aquele álbum que contém a faixa Moonchild é o meu álbum favorito deles. Desde jovem eu sempre quis tocar um cover do King Crimson, mas nunca tive a banda certa para fazê-lo. Quando eu criei a Morito Ergo Sum, finalmente tive a liberdade e oportunidade de finalmente prestar minha homenagem a esta grande banda!

 

5. Após ter conhecido a versão original, pude notar que vocês deram um toque maior de melancolia.

Paolo Cito: Sim, a faixa em si já carrega uma grande carga de melancolia, então foi simples transformá-la em nossa própria versão. Quando eu comecei a trabalhar naquela versão, foi um daqueles momentos mágicos, quando tudo vem naturalmente e de uma vez só. Demorou menos de uma hora para compor o esqueleto da música! Depois foi só ir adicionando os detalhes com a ajuda dos outros membros da banda.

 

6. Visitei a fanpage de vocês e notei uma pequena, mas significante mudança em sua lineup. Como está a atual formação da Morito Ergo Sum?

Paolo Cito: Sim, nós recentemente adquirimos novos membros. O nosso guitarrista solo (Pablo Magallanes) teve que voltar para sua terra natal (Uruguay) por motivos familiares, e no lugar dele temos agora um novo guitarrista chamado Xavier Aguilar. 

E como nós não conseguimos achar um baterista para a banda, decidimos que o Walter deveria tomar conta apenas das baquetas. Nos vocais nós temos agora um jovem cantor que também é o violinista da banda, chamado Sebastian Rorengren.
Essa é a primeira vez que a Morito Ergo Sum tem uma formação completa, e nós já começamos a ensaiar para podermos em breve tocar ao vivo!

 

7. E já começaram os preparativos para um próximo material ou teremos que aguardar um pouco mais?

Paolo Cito: No momento nós estamos apenas ensaiando com os novos membros, ajustando todos os detalhes necessários para que possamos começar a fazer shows. Eu e o Walter temos algumas idéias escritas para um novo material, mas ainda não sentamos para trabalhar com elas. Vamos fazê-lo em breve certamente. Nosso plano é lançar um álbum num futuro próximo. Nos não gostamos de apressar as coisas, então vamos fazer tudo com calma para que as músicas saiam do jeito que nós gostamos. Mas é difícil dizer quanto tempo isso vai demorar…

 

8. Vocês estão envolvidos num outro projeto, o que você já pode nos adiantar disso?

Paolo Cito: Nada! Hahahaha! Tudo o que eu posso dizer é que nos tivemos a imensa sorte de despertar o interesse de algumas pessoas conhecidas no mundo do Metal. Não tenho permissão de adiantar mais nada além disso!

 

9. Qual o seu playlist atual? 

Paolo Cito: É bem diversificado, inclui Faith No More, Hanoi Rocks, The Gardnerz, Obituary, Foreigner, A Pale Horse Named Death e, evidentemente, o novo do My Dying Bride!

 

10. Gostaria que citasse quais os 5 álbuns essenciais do doom?
Paolo Cito:  

    • My Dying Bride, As the Flower Withers
    • Tiamat, Clouds
    • Paradise Lost, Shades of God
    • While Heaven Wept, Of Empires Forlorn
    • Anathema, Serenades

 

11. Agradeço pela entrevista e espero que em breve possamos nos falar novamente.

Paolo Cito: Eu é que agradeço Rodrigo! Obrigado pelo apoio que você vem dando não somente para a banda, mas também para a cena Doom Metal em geral! Com certeza iremos nos falar de novo!

 


Treitum – 1936

Mais uma banda espanhola de doom metal espanhola e de qualidade. Mas não pense que esses catalães apenas executam um som deprimente, pelo contrário, a linha que seguem é mais voltada ao doom tradicional, com algumas passagens mais lentas.

Guitarras pesadas, bateria precisa e baixo um baixo marcado são a tônica desse álbum 1936.

Delta Frame abre esse play e já nas primeiras palavras, podemos notar que algo está “diferente” do usual, visto que a banda canta suas letras em espanhol. Os vocais de Emílio Casal em algumas passagens lembram o de Fernando Ribeiro (Moonspell).

1936 temos uma levada mais cadenciada e chegando a lembrar em alguns momentos o próprio Black Sabbath. E apesar de sua longa duração, pouco mais de 10 minutos, em momento algum ela se torna maçante.

E mesmo após a primeira execução do refrão, tão logo ele retorna o ouvinte se pega cantarolando.

Destaque para a letra dessa faixa que é repleta de significados religiosos.

1000km é outra faixa longa e pesada, também com pouco mais de 10 minutos e muita viagem sonora e fica quase impossível o ouvinte não estar a 1000km daqui.

Es Así é uma faixa com uma pegada mais stoner em um primeiro momento e não menos pesada que as anteriores. Na quebra de andamento, podemos sentir uma grande influência de Type O Negative em seu som.

Traición/Tentación começa num clima meio cabaré, trazendo logo a mente aquelas bandas que tocavam nos inferninhos que Laura Palmer freqüentava em seus dias de Twin Peaks. Logo o clima Sabbathiano toma conta da faixa e nos brinda com bons momentos de peso e melodia.

E para encerrar esse álbum, temos Detrás del Pulso é uma faixa lenta e carregada de melancolia, e mesmo com uma passagem mais animada, essa melancolia toda não é quebrada e sua letra cheia de significados a deixa ainda mais introspectiva.

Este disco está disponível pelo site: http://www.discosmacarras.com/es/catalogo/cds/item/467-treitum-1936.html e se eu fosse você, garantiria sua cópia já.

 

Treitum – 1936 (Discos Macarras)

1. Delta Frame

2. 1936

3. 1000 Km

4. Es Así

5. Traición / Tentación

6. Detrás del Pulso

 

 

Contato:
http://www.facebook.com/pages/Treitum/144720352241727

http://www.myspace.com/treitum

 

Saint Vitus – Lillie: F-65

Primeiro disco de inéditas desse “cult doom act” desde seu retorno em 2008 e esse “Lillie: F-65” já nasceu para ser clássico.

Uma banda com tantos discos e clássicos dentro do estilo que fica até complicado fazer uma resenha sem parecer piegas ou mesmo puxa-saco.

Mas desde a faixa de abertura com Let Them Fall, passando por The Bleeding Ground, Blessed Night, The Waste of Time, não  há uma faixa abaixo da média, mesmo a instrumental Vertigo acaba se tornando uníssona no meio de todas essas músicas.

Mesmo com esse nivelamento das faixas anteriores, é lá no final do álbum que está uma das melhores do disco. Dependence começa de uma forma psicodélica e mesmo que o ouvinte não seja adepto de substâncias ilícitas (como esse escriba), é tão fácil se sentir como tal já na viagem do riff de abertura.

Uma coisa que deixaria de lado seria a faixa que encerra o álbum, Withdrawal, com toda aquela microfonia que se estende da faixa anterior, bem que ela poderia emendar numa outra tão empolgante quanto o restante do álbum, mas como dizem por aí: cada um com sua “pira”.

Nesse retorno grandioso, mostra que os “velhos” estão em boa forma, e ainda podem garantir muita diversão em seu doom metal.

E esteja onde estiver, Armando Acosta se sente orgulhoso desse novo trabalho de seus, hoje, ex-companheiros de banda.

 

Saint Vitus – Lillie: F-65 (Season of Mist)

1. Let Them Fall

2. The Bleeding Ground

3. Vertigo

4. Blessed Night

5. The Waste of Time

6. Dependence

7. Withdrawal

 

 

Contatos:
https://www.facebook.com/saintvitusofficial
http://saint-vitus.tumblr.com/
http://www.season-of-mist.com/home

Dawn of Winter – The Skull of the Sorcerer

Este mini-álbum é em comemoração dos 22 anos de carreira desses alemães. E é bom poder ouví-los 4 anos depois de seu último lançamento.

Batizado como “The Skull of the Sorcerer” este MLP abre com Dagon’s Blood e para quem já é acostumado com o som deles irá se deleitar desde seu primeiro segundo. Música embalada, que faz o esqueleto se mover desde seus primeiros acordes e aqui os vocais de Gerrit, vão do tradicional vocal limpo para algumas passagens mais agressivas.

A faixa título tem em seu riff de entrada uma levada do doom tradicional, e em todas as vezes que a escutei me peguei assistindo algum concerto desses alemães e com certeza essa faixa deve ser uma das mais pesadas tocada na noite.

Um dos destaques desse álbum vai para a faixa By the Blessing of Death, pois tem uma pegada do doom tradicional, e o seu refrão grudento que após a primeira execução dela, fica impossivel não cantar na mesma intensidade que Gerrit o faz.

E para encerrar In Servitude to Destiny, que começa com um dedilhado e aos poucos vai ganhando peso e apesar da faixa não ser arrastada, o ouvinte pode sentir toda a melancolia que dela é transmitida.

Se você é fã da banda não pode deixar de conferir esse material, ainda mais que é uma edição especial e limitada em 500 cópias numeradas. Agora para comemorar os 22 anos, bem que poderia vir um full-lenght na seqüência, não concordam?

 

Dawn of Winter – The Skull of the Sorcerer (Cyclone Empire)
1.  Dagon’s Blood
2.  The Skull of the Sorcerer
3.  By the Blessing of Death
4. In Servitude to Destiny

 

 

http://www.dawnofwinter.de/

http://www.cyclone-empire.com/

http://www.facebook.com/pages/Dawn-Of-Winter/221810797934891

In Loving Memory – Negation Of Life

Via Solitude Productions chega até nós essa grande banda espanhola chamada In Loving Memory e o seu cd de 2011 chamado Negation Of Life. A banda de cara já apresenta um bonito encarte e uma capa com elementos já meio batidos, porém de muito bom gosto. A bolacha apresenta nove canções destiladas durante 63 minutos. Vamos à elas:

O CD abre de forma enérgica com Even A God Can Die e nos primeiros momentos nós já percebemos que o negócio aqui é muito bem feito, tanto em produção como em gravação. Os vocais de Blanco estão bem postados e marcam muito bem essa primeira faixa. Skilled Nihilism tem começo apaixonante e novamente os versos são preenchidos com os ótimos vocais de Blanco. A música é bem conduzida até chegar num belo e empolgante refrão, bela música. Adversus Pugna Tenebras é outra música com um começo muito bom, com ótimos vocais sussurados e uma boa cadência, pra bater cabeça!
A faixa-título Negation Of Life começa com um lindo e depressivo começo, mostrando que a banda também sabe puxar o clima para baixo. A maior música do cd apresenta riffs quebrados, solos bem postados, atmosferas bem conduzidas, agressividade e melancolia dosados na medida certa, decidamente, a melhor música do cd na minha humilde opinião. November Cries segue à risca o que o cd já demonstrou até agora, atente para o ótimo começo.
Shimmering Divinity é uma música boa, porém sem grandes atrativos. A seguir, temos Through A Raindrop e seu começo repleto de uma beleza quase etérea, com ótimos vocais, frases de guitarras e solo apaixonante. Celestial e Nulla Religio, Solum Veritas fecham o cd de forma correta, apresentando tudo aquilo que já foi exposto nesse texto.

Um CD honesto de uma banda pouco conhecida por essas bandas, mas que vale seu reconhecimento. A cópia física pode ser facilmente adquirida através da loja online da Solitude Productions, então corra atrás do seu. Esperamos os próximos lançamentos!

 

In Loving Memory – Negation Of Life (BadMoodMan/Solitude Prod)
1. Even A God Can Die
2. Skilled Nihilism
3. Adversus Pugna Tenebras
4. Negation Of Life
5. November Cries
6. Shimmering Divinity
7. Through A Raindrop
8. Celestial
9. Nulla Religio, Solum Veritas

 

 

Contatos:

 http://www.inlovingmemory.es

http://www.facebook.com/inlovingmemorymetal

http://solitude-prod.com/blog/lang/eng/2011/11/bmm-048-11-in-loving-memory-negation-of-life/

 

Resenha por Luiz Mallet. guitarrista das bandas Boreal Doom e Vociferatus

Paradise Lost e Moonspell: lançados ingressos promocionais

Produtora faz imperdível promoção aos fãs das bandas Paradise Lost e Moonspell.

Após receber diversos e-mails e mensagens nas redes sociais, a Dark Dimensions mais uma vez resolveu atender ao pedido do público!
A produtora acaba de anunciar promoção direcionada especialmente aos fãs interessados em assistir a única apresentação das bandas Moonspell e Paradise Lost, dois grandes ícones do heavy metal mundial, em São Paulo. O ingresso promocional custa R$ 150,00 e está à venda, apenas pela internet, em http://www.ingressosparashows.com.br.

Neste momento, os ingleses do Paradise Lost estão em plena turnê mundial do aclamado novo álbum “Tragic Idol”. Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh (guitarra), Aaron Aedy (guitarra), Steve Edmondson (baixo) e Adrian Erlandsson (bateria) reencontram os brasileiros após quatro anos, no próximo dia 8 de dezembro, no Carioca Club.

Já os portugueses do Moonspell são atualmente um dos grupos mais cultuados no atual cenário do heavy metal. Fernando Ribeiro (vocalista), Ricardo Amorim (guitarra), Pedro Paixão (guitarra), Aires Pereira (baixo) e Mike Gaspar (bateria), se apresentam no dia 16 de dezembro, no Inferno Club, em São Paulo. O show promove o novo álbum “Alpha Noir/Omega White”.

 

Links relacionados:

http://paradiselost.co.uk

http://moonspell.com

http://www.darkdimensions.com.br

http://theultimatepress.blogspot.com.br

 

Serviço Paradise Lost

Data: 8 de dezembro – sábado

Local: Carioca Club

End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros (próximo a estação Faria Lima do Metrô)

Hora: 19h

Preços:

Pista: R$ 90,00 / Estudante R$ 45,00

Camarote: R$ 200,00 / Estudante R$ 100,00

Venda online: https://www.darkdimensions.com.br

Pontos de venda: Galeria do Rock: lojas Hellion e Profecias

Imprensa: press@theultimatemusic.com – (13) 9161.6267

Cartaz: http://bit.ly/T3OFYU

 

Serviço Moonspell

Data: 16 de dezembro

Local: Inferno Club

End: Rua Augusta, 501 – próximo ao Metrô Consolação

Hora: 19h

Preços: R$ 45,00 (estudante – ESGOTADO), R$ 90,00 (inteira)

Venda online: http://www.ingressosparashows.com.br

Ingressos: Galeria do Rock: loja Lady Snake

Imprensa: press@theultimatemusic.com – (13) 9161.6267

Cartaz: http://bit.ly/QVoLex


			

Trails Of Sorrow – Languish in Oblivion

É da Itália o petardo à ser resenhado hoje. A banda Trails Of Sorrow, que conta com Friedrich Restless Soul nas guitarras, programações e sintetizadores, e Dying Poet Of Funeral Litanies nos vocais (Pseudônimos um tanto quanto estranhos, admitamos), está lançando seu primeiro álbum chamado Languish In Oblivion via Domestic Genocide Records. A banda é nova porém já conta com uma sonoridade concisa, buscando identidade própria e sabendo aonde quer chegar.
A primeira música se chama Dreams Are Dying e já nos presenteia com um dos grandes momentos do álbum (coloque em 2:11 e deixe a magia acontecer), apresenta belos vocais, boa atmosfera e guitarras poderosas. A Grave Of Loneliness começa de forma densa e cavernosa e mostra em sua curta duração vocais mais desesperados, criando um belo efeito. Trees Crying Leaves se mostra um belo interlúdio de piano para a maior música do cd, See My Blood Flowing. A canção se apresenta de uma forma pouco convencional, com levada de bateria e piano que soam um pouco estranho e algumas vocalizações que me parecem sem sentido, porém aos dois minutos a música adquire uma atmosfera neoclássica com ótimos vocais rasgados e guitarras bem presentes que se seguem por toda a música. In Luce, outro interlúdio, é apresentado antes de Suffering Comes, que se mostra um dos grandes destaques do álbum, com levadas bem cadênciadas, guitarras e vocais bem postados. Wonderful Memories é mais um grande destaque do álbum (Com enfâse na sessão iniciada aos 3:11) e a bolacha se encerra com o poslúdio A Blinking Shadow, fechando o play de maneira concisa.
Boa banda, que precisa de alguns retoques de produção e gravação no geral, mas se mostra no caminho certo, com grandes ideias e principalmente com identidade musical já lapidada. Confiram!

 

Trails Of Sorrow – Languish in Oblivion (Domestic Genocide Records)
1. Dreams Are Dying

2. Living as to Live is to Suffer

3. A Grave of Loneliness

4. Trees Crying Leaves

5. See My Blood Flowing

6. In Luce

7. Suffering Comes

8. Wonderful Memories

9. A Blinking Shadow

10. Ora è La Fine

 

 

Contatos:
https://www.facebook.com/pages/Trails-Of-Sorrow/167609686628239

http://www.reverbnation.com/trailsofsorrow

 

Resenha por Luiz Mallet. guitarrista das bandas Boreal Doom e Vociferatus

Black Magician – Nature Is the Devil’s Church

Recentemente havia conseguido duas faixas demos dessa banda inglesa, e tão logo ouvi e já estava torcendo para que um full lenght chegasse.

E eis que esse dia chegou e vai agradar em cheio os apreciadores do doom metal.

Após uma pequena The Foolish Fire, que serve para introduzir o ouvinte ao reino desses britânicos.

Full Plain I See, the Devil Knows How to Row começa de uma forma lenta e pesada e ao longo de seus 10 minutos ouvimos riffs assustadores e muitas partes sinistras de órgão, como se fossem tocados numa ingreja em ruínas.

Um destaque são os timbres de vocais de Liam Yates, que soa como uma mistura de Lee Dorian (Cathedral) e Cronos (Venom).

Four Thieves Vinegar é a única faixa da demo que está aqui nesse full. E pela introdução, ao som de moscas voando e um corvo “cantando” é tão fácil de imaginar aquele cadáver em estado avançado de decomposição. Aqui ela soa mais sinistra que na gravação anterior e novamente os destaques são para os vocais de Liam que ao desferir as letras, podemos sentir toda seu desprezo para aquele cadáver fétido, como se todos se encontrassem no além-túmulo e ele (Liam) fosse um advogado e estivesse julgando esse “ladrão” por seus crimes imperfeitos.

Of Ghosts and Their Worship é uma faixa instrumental e tem uma levada folk. E ao ouví-la, você sente seu corpo sendo transportado à um círculo ritualístico como se estivessem invocando os espíritos antigos. Talvez pela faixa a seguir, ela acabe fazendo uma conexão.

Chattox vem para encerrar esse material, e apesar de ser uma faixa longa, ela não soa cansativa. Aos primeiros versos da letra podemos visualizar Liam, lá no black lodge da série Twin Peaks conversando com o anão e sua trupe que habitavam aquela dimensão.

Se você gosta de um som sinistro, pesado e “desprezível” eis a sua chance de conhecer o Black Magician. Hail Olde English Pastoral Doom Metal.

 

Black Magician – Nature Is the Devil’s Church (Shaman Recordings)

1. The Foolish Fire

2. Full Plain I See, the Devil Knows How to Row

3. Four Thieves Vinegar

4. Of Ghosts and Their Worship

5. Chattox

 

 

Contatos:

http://www.facebook.com/Blackmagiciandoom

https://www.reverbnation.com/blackmagician

http://www.shamanrecordings.com/