Entrei em contato com esse simpático multi-instrumentista, para saber mais sobre o que vem acontecendo no pouco tempo de vida deste que é um dos mais interessantes projetos Doom. Nos falou sobre a história lírica do álbum, sobre o que está por vir, e também sobre o motivo que levou ao fim de uma das bandas mais legais de death metal dos anos 90, o Gorefest.
1. Como surgiu a idéia desse projeto, musicalmente falando.
Ed Warby: Eu comecei a tocar guitarra há alguns anos para que pudesse contribuir mais para o processo de composição do Gorefest e posteriormente para o Hail of Bullets, mas eu tinha tanta inspiração que continuei escrevendo. A maioria das coisas era muito Doom e lenta, e quando Rogga disse que gostaria de fazer um álbum de doom, foi isso que acabou acontecendo.
2. Lendo o press relesse, a história por trás de Burden of Grief, fala de um doente terminal que “revisita” sua própria vida. Como surgiu a idéia lírica para esse álbum, foi algo pensado ou acabou surgindo a medida que as músicas foram sendo compostas?
Ed Warby: A idéia inicial era ter letras de “fantasia”, mas Rogga convenceu-me a torná-las mais pessoais. A história do álbum é uma mistura de ficção e realidade, eu usei um monte de elementos da minha própria vida, como a morte dos meus pais. É um álbum muito emocional para mim por causa disso.
3. Como está sendo a aceitação de Burden of Grief?
Ed Warby: Muito boa, de fato, estamos recebendo críticas muito boas, o álbum vendeu razoavelmente bem, considerando doom ser um gênero muito “pequeno”.
4. O play foi lançado há pouco tempo, mas há uma previsão para um segundo lançamento?
Ed Warby: Já foi lançado em 2009, agora estou trabalhando no segundo álbum que deverá ser lançado ainda este ano.
5. As apresentações ao vivo contam com a participação de seu ex-companheiro de Gorefest Frank Harthoorn e membros do Officium Triste. Como foi a escolha para esse lineup?
Ed Warby: No começo eu só planejava fazer um show (Dutch Doom Days 2009 ) e para isso eu tenho algumas pessoas. Tudo começou com uma guitarrista chamada Petra Guijt que me apresentou a Bram do Officium Triste e ele por sua vez, trouxe Pim (vocalista do Officium Triste) a bordo. Na bateria tenho Dirk Bruinenberg que me substituiu no Elegy, e a banda foi completada por Kris Gildenlow (Ex-Pain of Salvation) no baixo. Ele foi substituído por Daniel Huijben da Cirrha Niva, Petra deixou a banda e foi substituída por Frank Harthoorn.
6. Agora com o verão se aproximando, como está a agenda de shows, visto que você deverá estar bem ocupado tocando também com o Hail of Bullets.
Ed Warby: O verão pertence ao Hail of Bullets, e a gravação do álbum, é claro. Os primeiros shows do 11th Hour estão previstas para este outono, nós iremos fazer alguns festivais e clubes pequenos. Haverá alguns shows mais reservados quando o lançamento do álbum estiver próximo.
7. E hoje podemos encarar o The 11th Hour como uma banda, com um lineup fixo, ou o próximo play seguirá a mesma idéia do debut, ou seja, somente você e Rogga?
Ed Warby: O próximo álbum será apenas Rogga e eu, assim como o Burden of Grief. Acho que esta forma de trabalho mais adequada ao projeto, eu escrevo todas as músicas e maioria das letras e seria difícil para mim fazer um álbum como este, com uma banda completa. A situação é diferente ao vivo, claro, mas eu gosto de ter duas versões de The 11th Hour.
8. Mudando de assunto um pouco, você se tornou conhecido sendo o baterista de uma das bandas mais legais de death nos anos 90, e pessoalmente fiquei chateado quando a banda encerrou as atividades. Passado um tempo a banda anuncia o seu retorno para pouco tempo encerrar novamente as atividades. Quais foram os motivos que levaram vocês a essa decisão na primeira vez, e na segunda, foi pelos mesmo motivos?
Ed Warby: A razão para a separação nas duas vezes foi que nós crescemos separados. A primeira vez, nós corremos para um beco sem saída musicalmente e pessoalmente falando, e quando voltamos a tocar juntos em 2005 nós fizemos uma decisão consciente para voltar para o lado do death metal da banda. Tivemos cinco anos bons, fizemos dois grandes álbuns, mas de alguma maneira a gente acabou se distanciando novamente e desta vez a separação foi definitiva. A música é algo que você faz com seu coração e alma, e se isso não está mais lá, nós temos que seguir adiante. Tenho o Hail of Bullets e The 11th Hour agora, que para mim é o melhor dos dois mundos!
9. Agradeço desde já pela entrevista, gostaria de você deixasse uma mensagem para seus fãs brasileiros
Ed Warby: Obrigado por ler a entrevista, espero que inspirem vocês a conferir o álbum e talvez nos encontremos um dia!
Contato:
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http://www.myspace.com/11thhourdoom