Entrevista The 11th Hour

Entrei em contato com esse simpático multi-instrumentista, para saber mais sobre o que vem acontecendo no pouco tempo de vida deste que é um dos mais interessantes projetos Doom. Nos falou sobre a história lírica do álbum, sobre o que está por vir, e também sobre o motivo que levou ao fim de uma das bandas mais legais de death metal dos anos 90, o Gorefest.

 

1. Como surgiu a idéia desse projeto, musicalmente falando.
Ed Warby: Eu comecei a tocar guitarra há alguns anos para que pudesse contribuir mais para o processo de composição do Gorefest e posteriormente para o Hail of Bullets, mas eu tinha tanta inspiração que continuei escrevendo. A maioria das coisas era muito Doom e lenta, e quando Rogga disse que gostaria de fazer um álbum de doom, foi isso que acabou acontecendo.

 

2. Lendo o press relesse, a história por trás de Burden of Grief, fala de um doente terminal que “revisita” sua própria vida. Como surgiu a idéia lírica para esse álbum, foi algo pensado ou acabou surgindo a medida que as músicas foram sendo compostas?
Ed Warby: A idéia inicial era ter letras de “fantasia”, mas Rogga convenceu-me a torná-las mais pessoais. A história do álbum é uma mistura de ficção e realidade, eu usei um monte de elementos da minha própria vida, como a morte dos meus pais. É um álbum muito emocional para mim por causa disso.

 

3. Como está sendo a aceitação de Burden of Grief?
Ed Warby: Muito boa, de fato, estamos  recebendo críticas muito boas, o álbum vendeu razoavelmente bem, considerando doom ser um gênero muito “pequeno”.

 

4. O play foi lançado há pouco tempo, mas há uma previsão para um segundo lançamento?
Ed Warby: Já foi lançado em 2009, agora estou trabalhando no segundo álbum que deverá ser lançado ainda este ano.

 

5. As apresentações ao vivo contam com a participação de seu ex-companheiro de Gorefest Frank Harthoorn e membros do Officium Triste. Como foi a escolha para esse lineup?
Ed Warby: No começo eu só planejava fazer um show (Dutch Doom Days 2009 ) e para isso eu tenho algumas pessoas. Tudo começou com uma guitarrista chamada Petra Guijt que me apresentou a Bram do Officium Triste e ele por sua vez, trouxe Pim (vocalista do Officium Triste) a bordo. Na bateria tenho Dirk Bruinenberg que me substituiu no Elegy, e a banda foi completada por Kris Gildenlow (Ex-Pain of Salvation) no baixo. Ele foi substituído por Daniel Huijben da Cirrha Niva, Petra deixou a banda e foi substituída por Frank Harthoorn.

 

6. Agora com o verão se aproximando, como está a agenda de shows, visto que você deverá estar bem ocupado tocando também com o Hail of Bullets.
Ed Warby: O verão pertence ao Hail of Bullets, e a gravação do álbum, é claro. Os primeiros shows do 11th Hour estão previstas para este outono, nós iremos fazer alguns festivais e clubes pequenos. Haverá alguns shows mais reservados quando o lançamento do álbum estiver próximo.

 

7. E hoje podemos encarar o The 11th Hour como uma banda, com um lineup fixo, ou o próximo play seguirá a mesma idéia do debut, ou seja, somente você e Rogga?
Ed Warby: O próximo álbum será apenas Rogga e eu, assim como o Burden of Grief. Acho que esta forma de trabalho mais adequada ao projeto, eu escrevo todas as músicas e maioria das letras e seria difícil para mim fazer um álbum como este, com uma banda completa. A situação é diferente ao vivo, claro, mas eu gosto de ter duas versões de The 11th Hour.

 

8. Mudando de assunto um pouco, você se tornou conhecido sendo o baterista de uma das bandas mais legais de death nos anos 90, e pessoalmente fiquei chateado quando a banda encerrou as atividades. Passado um tempo a banda anuncia o seu retorno para pouco tempo encerrar novamente as atividades. Quais foram os motivos que levaram vocês a essa decisão na primeira vez, e na segunda, foi pelos mesmo motivos?
Ed Warby: A razão para a separação nas duas vezes foi que nós crescemos separados. A primeira vez, nós corremos para um beco sem saída musicalmente e pessoalmente falando, e quando voltamos a tocar juntos em 2005 nós fizemos uma decisão consciente para voltar para o lado do death metal da banda. Tivemos cinco anos bons, fizemos dois grandes álbuns, mas de alguma maneira a gente acabou se distanciando novamente e desta vez a separação foi definitiva. A música é algo que você faz com seu coração e alma, e se isso não está mais lá, nós temos que seguir adiante. Tenho o Hail of Bullets e The 11th Hour agora, que para mim é o melhor dos dois mundos!

 

9. Agradeço desde já pela entrevista, gostaria de você deixasse uma mensagem para seus fãs brasileiros
Ed Warby: Obrigado por ler a entrevista, espero que inspirem vocês a conferir o álbum e talvez nos encontremos um dia!

 

Contato:
http://www.facebook.com/pages/The-11th-Hour/117564111594195?sk=info 
http://www.myspace.com/11thhourdoom

Funeral Inconscientemente Natural – Layil

Projeto postmodernist doom de Alexis Brantes, seguindo a linha de seu antigo projeto The Sad Darkness of thy Love, mas não tão caótico, e dando ênfase nas viagens de teclado e temas bem introspectivos.
Algumas vocalizações em vocoder aparecem aqui e ali, quebrando um pouco a “monotonia”. Diosa (Solemne Canto) é uma faixa de destaque, e com seus 15 minutos, Alexis consegue explorar de forma ímpar as viagens, e ao fechar os olhos e se deixar levar, parece que você está tocando as estrelas.
A letra dessa música é recitada em inglês/latim/espanhol, e acaba soando uníssono e dando um toque especial.
Item bastante interessante e recomendado principalmente para aqueles que curtem essas viagens de teclado e música ambiente.

 

Funeral Inconscientemente Natural – Layil (FunerART)
1. Tierra del Sur
2. Conversations with the Asteroid 1181
3. Diosa (Solemne Canto)
4. Layil
5. Dead Poem

 

Contatos:
www.fin.funerart.org
www.myspace.com/doomfin

The 11th Hour – Burden of Grief

Esse cd é de 2009, mas no final do ano passado que caiu em minhas mãos, e nem tava com idéia de resenhá-lo, mas não tive como passar batido.
O que temos aqui é um projeto/banda de Ed Warby (Gorefest/Hail of Bullets/Demiurg) que toca todos os instrumentos e também canta, e nos vocais guturais temos a presença de Rogga Johansson (Demiurg/Carve).
O disco já abre com a estupenda One Last Smoke, mas um dos destaques do play é a extensa Origins of Mourning, com melodias de arrepiar e duetos variando entre vocais limpos e melancólicos e os urros do já citado cidadão.
Weep for me e Atonement são faixas onde os mais depressivos devem tomar cuidado para não irem em busca de algo cortante, pois os vocais nos moldes de Pat Walker (40 Watt Sun/Warning) em clima soturno com os teclados nos traz aquela aura depressiva.
Ao vivo a banda conta com seu ex-companheiro de Gorefest Frank Harthoorn além do vocalista do Officium Triste Pim Blankenstein.
E que venha logo o segundo cd.

 

The 11th Hour – Burden of Grief (Napalm Records)
1. One Last Smoke
2. In the Silent Grave
3. Origins of Mourning
4. Weep for Me
5. Atonement
6. Longing for Oblivion

 

 

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In the Shadows – Bleeding Tears

Não que eu seja preconceituoso, talvez um pouco relutante à bandas que cantam em sua língua natal, principalmente o português, pois dá um ar muito “Renato Russo”, mas deixando essa bobeira minha de lado, esse material da banda goiana In the Shadows me surpreendeu, pela excelente qualidade sonora/visual do play.
Abismo sem Volta a faixa que abre o disco, é muito bem executada, e vai de pontos extremos da melancolia e riffs melódicos ao extremo, com riffs corridos e vocais rasgados intercalados com líricos numa pegada que lembra The Sin of thy Beloveth.
Filho da Dor / Trevas vem na seqüência, com uma passagem mais black metal, e seus vocais falados dão o destaque especial, vale citar que essa faixa é a mais longa do play, então dá pra sacar as variações de andamento levando o cidadão à sentimentos extremos de amargura e rancor.
Quando a Morte Clamar e seu início atmosférico nos da a sensação que ela está ali, no outro cômodo da casa esperando você ir até ela.
Mas nas duas últimas faixas que para mim a coisa acontece, Atrocious Penury e sua passagem funeral doom é espetacular, e momentos após toda essa depressão, o som cai numa pancadaria extrema que você sente vontade de esmurrar a parede, só de sentir a ira do sr. Marilan Ashaverus cuspindo as palavras.
E para encerrar The Fausty Empty Throne e seu clima de violões e teclado que valem cada segundo escutado dessa faixa. Esse material lançado pela DeathToll Recs são de materiais gravados entre 2001 e 2002 que saíram em formato demo na época e lançado nesse formato único em 2009. E como prometido pela banda esse ano deve pintar mais um play. Estamos no aguardo.

In the Shadows – Bleeding Tears 
(Death Toll Records)
01. Abismo sem Volta
02. Filho da Dor / Trevas
03. Quando a Morte Clamar
04. Sonhando na Eterna Escuridão
05. The Fausty Empty Throne
06. Atrocious Penury

 

 

 

Contatos:
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http://www.facebook.com/intheshadowsband
http://www.myspace.com/itshadows 

Enth – Enth

Banda polonesa de funeral/doom/sludge lançando seu debut que poderíamos chamar de EP já que são apenas dois sons que equiparam-se em depressão e sonolência, totalizando 30 minutos.
Vocais cavernosos/desesperados e riffs intrincados dão o toque desse material, e em algumas passagens me lembrou o grande Loss da época de sua demo.
A faixa de abertura Matryca, temos uma pequena intro de teclado nos timbres da grandiosa Seventy Seven Guardians  do não menos grandioso Amen Corner, e já aos primeiros sons dos tambores temos início à essa depressão. O trampo de guitarra que fazem uma melodia dissonante, da mesma forma que o My Dying Bride costuma fazer e que aqui funcionou muito bem.
Godzina Której Nie Ma vem para sepultar o moribundo ouvinte e apesar de ser mais curta que a faixa de abertura nos dá a impressão de ser mais depressiva em seus meros 14 minutos.
Os toques de piano fazendo o intervalo com as guitarras e as levadas lentas de bateria vão deprimindo o mais “animado cidadão”.
A linha melódica da guitarra por volta dos 4 minutos soa como se fosse uma lâmina cortando sua alma e chega a dar um certo desespero, e vocais alternados do baterista com o vocalista dão um contraponto legal para todo o trampo.
Após o massacre desses poloneses, o final da faixa segue com violão e um vocal falado e facilmente você sentirá sua carcaça sendo jogado às moscas e fatalmente você irá colocar pra rodar novamente esse material para sentir outra vez essa sensação.

 

Enth – Enth (Solitude Prod)
1. Matryca
2. Godzina Której Nie Ma

 

Contato:
http://www.myspace.com/enthdoom/
http://www.solitude-prod.com

Falling Angels – Worship

Surpreendente Gothic/Dark Metal chileno, bem empolgante, direto e com similaridades de grupos como EverEve (antigo), fase nova do Lacrimas Profundere e Rotting Christ (A Dead Poem).
Nesse material que recebi consiste em dois lançamentos, as primeiras 4 faixas são do ep Worship e as últimas 4 restantes são do ep Nativity.
Afterworld Delirium abre esse material com uma guitarra pesada e com efeitos seguido já do tradicional vocal “goth”. Apesar do estilo não trazer nada de novo, o som deles é bem legal e bem estruturado, pois o trampo de guitarra/teclado são bem feitos e as quebradas de tempo também fazem o diferencial.
A seguinte Daybreak é a mais “rápida” e com uma pegada que da até para se imaginar balançando o esqueleto em alguma balada gothic pelos cemitérios da vida.
Nothin But Remorse segue na linha da anterior mas com uma pegada de bumbo duplo que até surpreende, mas logo muda seu andamento. Seu refrão relativamente fácil gruda na cabeça e logo você acaba cantando junto com o sr. Mauricio Suarez.
Suffering Symmetry vem para encerrar essa primeira metade do material, e uma das melhores do play, sua passagem meio “hipnotizante” no meio da faixa já valeria a aquisição.
Começando a segunda metade como mencionado anteriormente, a gravação é um tanto suja o que dificulta um pouco a audição da guitarra na hora em que o teclado se torna atuante. O vocal de Suarez parece um pouco mais agressivo nesse material mas mesmo assim, Urban Gothic é uma faixa muito boa, e uma ótima pedida para uma abertura de show.
The Gospel According to St. Cain segue na mesma freqüência da anterior e sua letra um pouco ácida e danto uma alfinetada na “religião” vide o trecho a seguir: Earth water air and fire / Balance above the trinity / God’s condition is dire / Lost in his invisibility (Trad. Livre: Terra, água, ar e fogo / Balanço sobre a Trindade / O status de um deus é extrema  / Perdido em sua invisibilidade).
Your Own God dá continuidade à faixa anterior tanto no feeling quanto na parte lírica.
E para deixar morrer em paz segue Lucifugous, numa pegada mais lenta que as faixas anteriores e com sua parte instrumental até a bela passagem de teclados nos traz uma sensação de paz.
Se a gravação ajudasse, certamente esse material estaria com nota máxima. Mas uma boa pedida principalmente para dar uma animada (sic) no final de semana “solito” em casa.

 

Falling Angels – Worship (FunerART)
1. Afterworld Delirium
2. Daybreak
3. Nothin But Remorse
4.Suffering Symmetry
5. Urban Gothic (bonus)
6. The Gospel According to St. Cain
7. Your Own God
8. Lucifugous

 

 

Contatos:
http://www.myspace.com/5fallingangels5
Download Free

Falling Leaves – Falling Leaves

Vasculhando nos meus backups que recebi esses tempos, me deparo com uma material demo que eu havia baixado mas não tive muito tempo para escutar e tampouco procurar por informações.
Eis que resolvo colocar pra ouvir esse material, e apesar da gravação ser um tanto comprometedora, não que seja mal gravado, mas o som da bateria por muitas vezes parece ser eletrônica ou mesmo composta no “cakewalk”.
Mas deixando os detalhes técnicos de lado e indo direto ao som e logo me deparo com um Melodic/Death Doom lembrando em muitos momentos o grande Saturnus (Veronika Decides to Die), principalmente pelas passagens acústicas, acompanhadas do piano, e tão logo sendo levado pelas linhas de guitarra acompanhados pela bateria, vide a faixa Silence que abre esse material.
All is Gone é a seguinte também não temos nada de novo, mas mesmo assim ainda é agradável o som, o timbre gutural do cidadão Abdul-Aziz Assaf é semelhante ao grande Dilpho Castro do Silent Cry.
E para fechar a demo, My Perfect Disease de forma mais Saturniana possível, com destaque em especial para o batera Rami Mazahreh que conseguiu colocar algumas tercinas e quebradas de tempo bem interessantes dentro de uma linha bem simples, e para encerrar uma linha de piano/vocal seguindo a linha da fabulosa All Alone do já citado Saturnus.
Resumo desse material: muito bom, mas com um pouco mais de personalidade ficaria melhor ainda.

 

Falling Leaves – Falling Leaves (independente)
1. Silence
2. All is Gone
3. My Perfect Disease

 

 

Contatos:
http://www.reverbnation.com/fallingleavesjo
http://www.facebook.com/pages/Falling-Leaves/116237335059959

The Morningside – TreeLogia (The Album As it is Not)

Quando recebi esse material juro que fiquei sem entender o que se passava, pois trata-se sobre uma “trilogia” que envolve a faixa The Trees que figurou em seu debut.
Novamente coloquei o disco no playlist e novamente abri o press-relesse e aí sim caiu a ficha sobre esse material.
Os caras resolveram lançar esse mini-álbum baseado na faixa The Trees, onde não somente re-gravaram para esse material como inseriram alguns elementos deixando a faixa até um pouco maior do que a versão original.
E que diabos seria a Part Two e Part Three (TreeLogia) afinal??
Segundo a banda, a música The Trees era tão boa que lhe faltava uma continuidade, e então resolveram escrever algumas peças dando um desdobramento maior para ela.
Segue um trecho do press-release: “TreeLogia surgiu passo a passo, ganhando sua forma atual e finalmente apareceu como um conto. O ouvinte pode tomar uma decisão se este material é uma história de um homem perdido entre as árvores e permanente tornou-se uma delas, ou uma história de um homem fugindo de algo, talvez, o seu passado, e o encontraram em harmonia ou na solidão ou até mesmo… enlouquecido.”
Agora musicalmente falando, encontramos nesse mini-álbum canções de excelente bom gosto por vezes pesado e por muitas vezes melódico e atmosférico. Na faixa que encerra esse play temos algumas passagens acústicas em meio a guitarras e bateria, e outras que me lembraram o Burzum da época do Filosofem.
Preciso dizer mais sobre a sua obrigatoriedade de ir atrás desse mini-álbum???
Apenas coloquem pra rodar no player, fechem os olhos e sinta seu espirito saindo de seu corpo e indo de encontro a natureza.

The Morningside – TreeLogia (The Album As it is Not) (Bad Mood Man/Solitude Prod)
1. The Trees – Part One
2. The Trees – Part Two
3. The Trees – Part Three (TreeLogia)

Contatos:
Solitude-Prod
http://www.myspace.com/themorningsidemusic

Interview: My Dying Bride

In early August I contacted the guitarist of My Dying Bride, who told her about his history with music, about entry to the band a decade ago, the band desire to play in Brazil, the paternity and other things. Let’s check.

 

1. Let’s start at the beginning of everything, how did your interest in music? The first LP? The first show? the interest in the guitar?
Hamish Glencross: My parents have a strong love of music, so I was exposed to some great artists when I was very young; Sabbath, Purple, etc. and my dad plays guitar too, so I used to play his. They really encouraged me and took me to see Saxon play at the Civic Theatre here in Halifax.

 

2. And how did the interest in Doom Metal?
Hamish Glencross: Well, Black Sabbath were one of the first bands I got into, and then I made friends with Tuds who was drumming for a new band called Paradise Lost.

 

3. You has entered the My Dying Bride a decade ago. What memories you have of that time? When you received the invitation?
Hamish Glencross: It was perfect timing because I was unhappy in the band I was already in, and My Dying Bride was more suited to the music I wanted to write.
I joined in 1999 and we wrote ‘A Cruel Taste of Winter’ together, and went on tour in 2000.

 

4. Recently you released the album Evinta. How is your acceptance?
Hamish Glencross: It seems to divide opinion, but that’s ok because it is quite unique and different.

 

5. From time to time the MDB releases cd compilations / live DVD, was for that reason you decided to make this album (Evinta) this way?
Hamish Glencross: It was an idea that Andy had in mind for a long time. The anniversary was the perfect time to do it, and Aaron was so inspired it became three discs.

 

6. And please tell us the next album is coming and that it will feature the traditional heavy guitars?
Hamish Glencross: Absolutely. Next week we record a new EP, and I can guarantee it will be crushingly heavy.

 

7. Here in Brazil, you have a legion of fans, and particularly is one of my influences, and you have got to get some concrete proposal to play here?
Hamish Glencross: We’d love to play in Brazil, but we’ve just got to wait for the right offer.

 

8. What is your current playlist? What brand new band do you recommend?
Hamish Glencross: I’m always trying to discover new music, and currently love ‘Rose Kemp’ and ‘Kvelertak’.
You should check them both out if you don’t know them.

 

9. What was the worst gig you ever played? and Why?
Hamish Glencross: There was a festival we played where the running order was changed so many times because it was running so far behind. We went onstage six hours later than planned.
We were pissed off and tired. It had been a very journey to get there even before the delays.

 

10. What was the worst gig you’ve ever watched?
Hamish Glencross: Probably some local band, but I probably got drunk so I didn’t mind!

 

11. What MDB song would you most like to play? And what you do not take it anymore, but still have to do it because it is the setlist?
Hamish Glencross: I’d like to bring The Deepest of All Hearts into the set; we’ve never done that. We drop songs from the set if we tire of them, so thankfully we’re happy with everything in the set.

 

12. If you could choose one song that best represents the MDB, which would it be?
Hamish Glencross: I think ‘My Body, A Funeral’ is probably the perfect My Dying Bride song.

 

13. I saw some photos in profile on facebook, and you are quite active musically, is playing guitar and even singing?
Hamish Glencross: Yeah, there’s quite a bit of dual vocal stuff in My Dying Bride now, particularly on the last album.

 

14. You are the parent of a beautiful girl, and it seems strange not these two parallel worlds. The first dark and depressing the MDB and the second all colorful and full of life?
Hamish Glencross: Well, that’s the glorious nature of life on this earth; there has to be light as well as dark. She makes everything worthwhile even when things look particularly bleak and depressing.

 

15. Thank you for the interview and leave a message for the Brazilian fans.
Hamish Glencross: Thank you! All the best wishes; I hope we get to visit Brazil soon. Check out the new EP later this year, and visit http://www.mydyingbride.org for news and updates.

Entrevista My Dying Bride

No início de agosto entrei em contato com esse guitarrista do My Dying Bride, que contou sobre sua história com a música, sobre sua entrada para a banda há uma década atrás, a vontade da banda em vir tocar em terra brasilis, paternidade e outras coisas. Vamos conferir.

 

Vamos começar pelo início de tudo, como surgiu o seu interesse pela música? O primeiro LP? O primeiro show? o interesse pela guitarra?
Hamish Glencross: Meus pais têm um amor forte pela música, então eu fui exposto a grandes artistas, quando eu era muito jovem; Sabbath, Purple, etc.
Meu pai toca violão também, então eu costumava tocar no violão dele. Eles realmente me incentivaram e me levaram para ver o Saxon tocar no Civic Theatre aqui em Halifax.

 

E como surgiu o interesse pelo Doom Metal?
Hamish Glencross: Bem, Black Sabbath foi uma das primeiras bandas que eu estive envolvido, e então eu acabei me tornando amigo do “Tuds” que foi baterista de uma banda nova chamada Paradise Lost.
(N.E.: Tuds é o apelido de Matt Archer que foi baterista da primeira formação do Paradise Lost).

 

Você entrou para o My Dying Bride há uma década. Quais as lembranças que você tem dessa época? De quando recebeu o convite?
Hamish Glencross: Foi momento perfeito, porque eu estava infeliz na minha antiga banda, e My Dying Bride era mais adequado para a música que eu queria escrever. Eu entrei em 1999 e escrevemos ‘A Cruel Taste of Winter’ juntos, e logo saímos em turnê em 2000.

 

Recentemente vocês lançaram o álbum Evinta. Como está a sua aceitação?
Hamish Glencross: Parece dividir a opiniões, mas isso é normal, porque é bastante original e diferente.

 

De tempos em tempos o MDB lança coletâneas/Live DVDs, foi por essa razão que vocês decidiram fazer esse álbum (Evinta) dessa forma?
Hamish Glencross: Era uma idéia que Andy tinha em mente há muito tempo. O aniversário foi o momento perfeito para fazê-lo, e Aaron estava tão inspirado que acabou se tornando três discos.

 

E por favor nos diga que o próximo álbum está a caminho e que nele contará com as tradicionais guitarras pesadas?
Hamish Glencross: Absolutamente. Na próxima semana vamos gravar um novo EP, e posso garantir que será esmagadoramente pesado.

 

Aqui no Brasil, vocês tem uma legião de fãs, e particularmente é uma das minhas influências, vocês já chegaram a receber alguma proposta concreta para tocar aqui?
Hamish Glencross: Nós adoraríamos tocar no Brasil, mas só temos que esperar pela oferta certa.

 

Qual o seu playlist atual? Que banda nova você recomenda?
Hamish Glencross: Estou sempre tentando descobrir novas músicas e atualmente amo ‘Rose Kemp’ e ‘Kvelertak’. Você deve conferir os dois caso você não os conheça.

 

Qual foi o pior show que você já tocou? e Porque?
Hamish Glencross: Houve um festival que tocamos onde a ordem foi alterada muitas vezes porque ele estava atrasado. Fomos ao palco seis horas depois do planejado.
Nós estávamos de saco cheio e cansados. Tinha sido uma viagem muito longa para chegar lá antes mesmo dos atrasos.

 

Qual foi o pior show que você já assistiu?
Hamish Glencross: Provavelmente alguma banda local, mas eu provavelmente estava bêbado, então eu não me importei!

 

Qual musica do MDB que você mais gosta de tocar? E qual a que você não agüenta mais, mas mesmo assim tem que fazê-la porque está no setlist?
Hamish Glencross: Eu gostaria de trazer ‘The Deepest of All Hearts’ para o set, nós nunca fizemos isso. Nós deixamos (de tocar) algumas músicas do set quando nos cansamos delas, então felizmente estamos felizes com tudo no nosso set.

 

Se você pudesse escolher uma música que melhor representa o MDB, qual seria?
Hamish Glencross: Eu acho que ‘My Body, A Funeral’ é provavelmente uma música perfeita do My Dying Bride.

 

Vi em algumas fotos em seu perfil no facebook, e você é bem atuante musicalmente, seja tocando guitarra e até mesmo cantando?
Hamish Glencross: Sim, há bastante coisa de vocais duplos no My Dying Bride agora, principalmente no último álbum.

 

Você é pai de uma bela garota, e não lhe parece estranho esses dois mundos paralelos. O primeiro negro e depressivo do MDB e o segundo todo colorido e cheio de vida?
Hamish Glencross: Bem, essa é a natureza gloriosa da vida na terra; tem de haver luz bem como a escuridão. Ela faz com que tudo valha a pena, mesmo quando as coisas parecem particularmente sombrias e deprimentes.

 

Muito obrigado pela entrevista e gostaria que deixasse uma mensagem para os fãs brasileiros.
Hamish Glencross: Obrigado! Desejo tudo de bom, e espero que possamos a visitar o Brasil em breve. Confiram o novo EP ainda este ano, e visitem www.mydyingbride.org para notícias e atualizações.